Objetivo: Descrever o perfil das mães de recém-nascidos prematuros tardios, identificando os dados socioeconômicos e obstétricos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo quantitativo, realizado por meio da aplicação de questionário estruturado com coleta de dados realizada em prontuário e por meio de entrevista a 182 mães de prematuros tardios nascidos em um hospital no sul do Brasil. Resultados: 60,5% das mulheres possuíam entre 20 e 35 anos; 38,1% ensino fundamental incompleto; 70,6% companheiro(a); 56,2% se autodeclararam brancas; 45,5% realizaram entre 7 a 14 consultas de pré-natal; 73,7% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre; 63,6% não apresentavam histórico de parto via vaginal e 74,3% não possuíam cesárea prévia; 83,4% apresentavam gravidez única; 49,7% realizaram cesarianas, sendo 41,2% antes do trabalho de parto e 74,3% utilizaram ocitocina como indução. Conclusão: apesar de haver programas de saúde específicos para a mulher durante o período gravídico, existem falhas nesta assistência as quais podem refletir no desfecho do nascimento. O pré-natal apresenta-se como relevante ferramenta de identificação de fatores de risco para a ocorrência da prematuridade tardia e, por consequência, apresenta importante influência na prevenção da mesma.