2012
DOI: 10.1590/s1414-98932012000500012
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Breve histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-raciais

Abstract: O artigo descreve três momentos do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnicoraciais no final do século XIX e no início do século XX, caracterizado pela consolidação da Escola Nina Rodrigues, que investiga características psicológicas dos escravos e ex-escravos e fornece elementos para a configuração do negro como sujeito psicológico; o período de 1930 até 1950 é caracterizado pelo debate da construção sociocultural das diferenças e da desconstrução do determinismo biológico das raças, e o período… Show more

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“…As relações étnico-raciais entre brancos e negros compõem um aspecto importante das relações sociais brasileiras e têm sido objeto de estudo da psicologia desde seu início no país (Leite, 1966;Souza, 1982;Santos, Schucman & Martins, 2012). Os relatos dos entrevistados reforçam a necessidade de que o tema seja abordado com profundidade nos cursos de graduação e que os psicólogos se apropriem da tradição de estudos da psicologia no Brasil sobre o tema.…”
Section: Invisibilidade Das Relações éTnico-raciaisunclassified
“…As relações étnico-raciais entre brancos e negros compõem um aspecto importante das relações sociais brasileiras e têm sido objeto de estudo da psicologia desde seu início no país (Leite, 1966;Souza, 1982;Santos, Schucman & Martins, 2012). Os relatos dos entrevistados reforçam a necessidade de que o tema seja abordado com profundidade nos cursos de graduação e que os psicólogos se apropriem da tradição de estudos da psicologia no Brasil sobre o tema.…”
Section: Invisibilidade Das Relações éTnico-raciaisunclassified
“…Pode-se dizer que estas articulações entre movimentos sociais, categoria e universidade foram os fatores que culminaram na realização do I Encontro Nacional de Psicólogos(as) Negros (as) É, portanto, através da pressão e articulação das organizações negras e de diferentes psicólogas, mulheres negras, como Neusa Santos Souza, Edna Roland, Edna Muniz, Maria Jesus Moura, Maria Aparecida Silva Bento, Isildinha Baptista Nogueira, entre outras, que a temática das relações raciais e do racismo começa desde a década de 1980 até os dias atuais a tomar corpo na produção de conhecimento dentro da área da Psicologia, nos debates com a categoria e também na atuação dos psicólogos. E nesse sentido, vale dizer que os temas do racismo, do preconceito, dos estereótipos e da discriminação, como já demonstrado neste texto, sempre fizeram parte das grades curriculares dos cursos de Psicologia social (Santos, Schucman, & Martins, 2012). No entanto, é somente depois da década de 1980 que o tema passa a ser compreendido dentro da Psicologia não apenas como um fenômeno social a ser estudado, mas sim como um fenômeno ligado às relações de poder estruturais de nossa sociedade e, portanto, uma temática que demanda comprometimento ético-político ligado aos direitos humanos e a luta antirracista.…”
Section: Uma Mudança De Perspectiva? Pensando a Cultura Como Salvaçãounclassified
“…atribuídas, em grande parte, às características intrínsecas aos próprios testes, enviesados e culturalmente restritivos. A investigação da história do pensamento psicológico sobre relações étnico-raciais ajuda a compreender a gênese da psicologia e sua atualidade na produção de sistemas de interpretação de mundo e de ser humano (Santos, Schucman, & Martins, 2012). Nesse sentido, intriga o fato de a produção de Aniela ser tão pouco conhecida e distante mesmo dos pesquisadores das relações étnico-raciais, visto o lugar de destaque que ela ocupou em seu período, atuando na construção e na consolidação do campo de pesquisas e práticas de psicologia social no Brasil e sendo, inclusive, convidada a participar do livro de Klineberg e dos estudos do Projeto Unesco -marco das ciências humanas na compreensão das relações raciais no Brasil, ainda hoje amplamente lidos e discutidos dentro e fora da academia.…”
Section: Contribuições E Limitações Dos Estudos De Aniela Ginsberg Naunclassified
“…O período de 1930 a 1960 é caracterizado pelo intenso debate sobre a construção sociocultural das diferenças na psicologia brasileira. Trata-se de um período de crítica e de desconstrução do determinismo biológico das raças, iniciando um processo de ruptura e configuração de novos saberes em psicologia sobre as relações étnico-raciais no Brasil (Santos, Schucman, & Martins, 2012).…”
Section: Introductionunclassified