R e s u m e n Este artigo trata da interseção de raça, classe, gênero, sexualidade e até identidade religiosa como locais bioculturais de luta e transformação no contexto médico da ginecologia no Brasil. Para as lésbicas negras, a interação ginecológicaé moldada através da negociação dialógica dos discursos sociais sobre saúde em sua relação com raça, gênero e sexualidade. Ao enfocar o impacto da identidade de gênero, consciência racial, narrativas médicas e autocuidado não normativo sobre as lésbicas negras em Salvador, Bahia, argumento que suas fontes de empoderamento muitas vezes destroem noções presumidas de precariedade sobre sua saúde, exames de rotina., recuperações cirúrgicas e qualidade de vida. Chamo a atenção para a produção de conhecimento deles como estratégias ontológicas para orientar suas decisões sobre exames ginecológicos e histerectomias que abordam sua vulnerabilidade em relaçãoàs suas preocupações mais amplas de disparidades raciais e de saúde.[alto-cuidadocandomblé, ginecologia, lésbicas, raça]
A b s t r a c tThis article attends to the intersection of race, class, gender, sexuality, and even religious identity as biocultural sites of struggle and transformation within the medical context of gynecology in Brazil. For black lesbians, the gynecological interaction is shaped through the dialogic negotiation of social discourses about health in its relation to race, gender, and sexuality. By focusing on the impact of gender identity, racial consciousness, medical narratives, and nonnormative self-care upon black lesbians in Salvador, Bahia, I argue that their sources of empowerment often overthrow presumed notions of precariousness about their health, routine exams, surgical recoveries, and quality of life. I draw attention to their knowledge production as ontological strategies
48J o u r n a l o f L a t i n A m e r i c a n a n d C a r i b b e a n A n t h r o p o l o g y