O ensaio busca refletir sobre as emoções que circulam e marcam os corpos, partindo de uma dupla investida: nas emoções impressas em corpos queers, que performam na cena contemporânea, provocadoras de um deslocamento afetivo transformador do sujeito e de seu condicionamento simbólico; de como as imagens propostas em cena por esses corpos reorganizam o sentido histórico das imagens, revogando emoções/sentidos e significados, propondo em seu lugar novas paisagens, numa visada crítica da realidade. Pensar o gesto político e estético dos corpos ditos estranhados, subversivos e rebeldes aos marcadores sociais, em sua transversalidade e transversatilidade é o que nos interessa pensar como dispositivo de interrupção do espetáculo e de seus discursos colonizadores.