Brinquedos e Brincadeiras na Educação em Ciências: Um Olhar para a Literatura da Área no Período de 1997 a 2017

Abstract

Apresentamos uma revisão de literatura dos artigos que tratam das atividades lúdicas, publicados nos anais dos Encontros de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e na Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC), no período de 1997 a 2017, para compreender como os brinquedos e as brincadeiras são tratados nessas publicações – particularmente, aqueles voltados para o Ensino Fundamental. Para selecionar os trabalhos, utilizamos mecanismos de busca eletrônica disponibilizados nos anais das edições do ENPEC e nas publicações da RBPEC por meio dos títulos e palavras-chave. Para analisar os dados, elaboramos uma categorização que classifica jogo como um objeto que possui regras rígidas, definidas a priori e independentes do sujeito que joga, e brinquedo como um objeto com regras mais flexíveis e elaboradas pelo sujeito que brinca. Nossos resultados mostram que a maioria dos trabalhos analisados foi classificada na modalidade jogo, indicando que os brinquedos e brincadeiras são ainda pouco explorados no contexto deste estudo. Além disso, os trabalhos que priorizam investigar o processo de elaboração e/ou participação em atividades lúdicas obtiveram informações mais detalhadas, que auxiliam na interpretação e compreensão do papel dessas atividades no ensino de Ciências. Entretanto, em alguns trabalhos, a atividade lúdica é considerada eficiente e suficiente por si só, e as informações obtidas por meio da investigação do processo de aplicação são usadas principalmente para confirmar a efetividade pedagógica do produto, indicando a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a relação processo/produto nas pesquisas sobre brinquedos e brincadeiras na Educação em Ciências.

Tem indígena aqui: reflexões acerca do protagonismo indígena na história em quadrinho da revista almanaque tem cientista aqui

“…Figura 4 -Último quadro Fonte: Recorte de "Quantas espécies de peixes existem na bacia amazônica?" (Oliveira;Farago;Goll, 2020) O discurso desperta a memória histórica e racial alinhada às relações de poder estabelecidas pelo homem branco colonizador que inferioriza e desumaniza os diversos povos indígenas, propagando-se até os dias atuais (Ferreira, 2020). Assim, é problematizada a polissemia em torno de Iná, pois ao mesmo tempo em que sua posição objeto é deslocada para a posição sujeito, pela jornada do herói, (...) personagens que passam por um período de aprendizagem e aquisição de habilidades para, consequentemente, trazerem benefícios para si ou para sua comunidade.…”

Cientistas Na Sala De Aula: Interações Com Bonecos E Discussões Sobre O Trabalho Científico Entre Crianças Do 3º Ano Do Ensino Fundamental

“…Destacamos que a brincadeira é evidência dessa capacidade e um meio para desenvolvê-la e concretizá-la. Eiras et al (2018) fizeram um levantamento dos trabalhos envolvendo brinquedos e brincadeiras na Educação em Ciências, publicados nos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) de 1997 a 2017 e identificaram que, de todos os trabalhos apresentados no período, apenas 2,05% tinham relação com o tema. Levantamento similar nos arquivos da Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC), entre 2001 e 2017, gerou praticamente o mesmo percentual (2,06%) em relação aos artigos publicados.…”

A Interdisciplinaridade e a Contextualização no Curso Superior de Química: Uma Investigação Atenta ao Viés da Questão Animal

“…Palabras clave: cuestión animal, interdisciplinariedad, Enseñanza de la Química Em contrapartida, há uma notória carência em termos de literatura que trate o ensino de ciências aliado à questão animal, seja na educação básica ou superior (Fernandes & Flôr, 2020;Fernandes et al, 2021). A partir de revisões tecidas por essa temática, ao se tratar da Química no ensino superior ou técnico de nível médio, se constata silenciamento à medida que, ainda que os animais estejam inseridos nesses ambientes de diversas formas, e se reconheça a necessidade de trabalhar criticamente temáticas diretamente relacionadas a eles (nomeadamente alimentares e ambientais), não se fazem conexões com a questão animal.…”