Apresentamos uma revisão de literatura dos artigos que tratam das atividades lúdicas, publicados nos anais dos Encontros de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e na Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC), no período de 1997 a 2017, para compreender como os brinquedos e as brincadeiras são tratados nessas publicações – particularmente, aqueles voltados para o Ensino Fundamental. Para selecionar os trabalhos, utilizamos mecanismos de busca eletrônica disponibilizados nos anais das edições do ENPEC e nas publicações da RBPEC por meio dos títulos e palavras-chave. Para analisar os dados, elaboramos uma categorização que classifica jogo como um objeto que possui regras rígidas, definidas a priori e independentes do sujeito que joga, e brinquedo como um objeto com regras mais flexíveis e elaboradas pelo sujeito que brinca. Nossos resultados mostram que a maioria dos trabalhos analisados foi classificada na modalidade jogo, indicando que os brinquedos e brincadeiras são ainda pouco explorados no contexto deste estudo. Além disso, os trabalhos que priorizam investigar o processo de elaboração e/ou participação em atividades lúdicas obtiveram informações mais detalhadas, que auxiliam na interpretação e compreensão do papel dessas atividades no ensino de Ciências. Entretanto, em alguns trabalhos, a atividade lúdica é considerada eficiente e suficiente por si só, e as informações obtidas por meio da investigação do processo de aplicação são usadas principalmente para confirmar a efetividade pedagógica do produto, indicando a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a relação processo/produto nas pesquisas sobre brinquedos e brincadeiras na Educação em Ciências.
Ensinar física sempre foi um desafio, principalmente quando se trata de alunos do Ensino Médio.Este artigo surgiu do questionamento de como transformar uma aula de física para alunossecundaristas numa atividade mais prazerosa, mais interativa e de fácil compreensão. Paraisso, elaboramos uma sequência didática, baseada nos princípios da Teoria da AprendizagemSignificativa, para abordar o conteúdo de luz e cor. A sequência foi aplicada em uma turma do 2o. ano do ensino médio a partir de duas questões norteadoras que inquiriam os alunos sobre o porquê de enxergarmos os objetos e suas cores. O estudo foi conduzido na forma de uma pesquisa-ação e a análise envolveu dados qualitativos, coletados por meio de questionários com questões fechadas e abertas, e observações realizadas em de sala de aula. Os resultados indicam que houve uma apropriação significativa dos conteúdos de ensino por parte dos alunos e que também foram estimuladas habilidades que podem contribuir para o desenvolvimento do Pensamento de Ordem Superior, proposto por Mathew Lipman.
Neste artigo apresentamos parte de uma pesquisa mais ampla de doutorado que analisou a participação de crianças em brincadeiras científicas investigativas (BCI) realizadas durante as aulas de Ciências de uma turma de quinto ano do Ensino Fundamental. As brincadeiras científicas investigativas (BCI) são atividades nas quais são investigados os princípios de funcionamento de brinquedos científicos, construídos com materiais de baixo custo e de fácil aquisição, a fim de explorar fenômenos físicos na Educação em Ciências no Ensino Fundamental. Este estudo trata de um recorte da pesquisa com o objetivo específico de analisar a participação de uma das crianças em uma BCI que teve como foco um brinquedo intitulado disco flutuante. A pesquisa foi desenvolvida numa abordagem qualitativa, na perspectiva histórico-cultural, e os dados foram obtidos pela observação, conversas informais com a aluna e a professora de Ciências, além de registros audiovisuais da BCI analisada. Os resultados obtidos mostram que a BCI incentivou a aluna a exercer o protagonismo autônomo na atividade por meio de ações autônomas de brincar, investigar, enunciar perguntas, hipóteses ou explicações inusitadas, de idealizar e construir coisas, e de socializar suas ideias com outras pessoas. Com isso, evidenciamos a importância das BCI enquanto possibilidade de os professores de Ciências dos anos iniciais do Ensino Fundamental promoverem atividades que incentivem o protagonismo autônomo das crianças, entendendo que assumir o papel principal de um acontecimento com autonomia e responsabilidade é fundamental na formação do cidadão contemporâneo.
A cultura da reprovação é altamente alardeada nos cursos de graduação em física, seja pela suposta falta de preparo e maturidade dos estudantes, ou pela suposta complexidade das disciplinas introdutórias de Física e de Cálculo. O estudo apresentado neste artigo questiona esse pressuposto, a partir da análise da taxa de aprovação de estudantes em disciplinas de física básica na relação com o percurso formativo nos cursos de licenciatura e bacharelado em física. Trata-se de um estudo de caso realizado em uma universidade pública brasileira, conduzido na forma de uma pesquisa quantitativa, longitudinal, que analisou informações sobre disciplinas de física básica ofertadas no período de 2000 a 2019. Os dados foram organizados e analisados a partir de três eixos principais: número de matrículas na disciplina; número de alunos aprovados; e taxa de aprovação. Conclui-se que o desempenho dos estudantes nessas disciplinas não melhora com o tempo de permanência no curso, corroborando com a baixa eficiência dos cursos de graduação em física para formar novos profissionais. Os resultados indicam ainda a necessidade de reflexões mais amplas e aprofundadas sobre a organização curricular e a forma de oferta das disciplinas de física básica, que compõem os currículos dos cursos de graduação em Física, no sentido de formar mais e melhor.
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