2013
DOI: 10.52426/rau.v5i1.85
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Caipora e outros conflitos ontológicos

Abstract: Decidi trazer reflexões ainda informes sobre uma economia política da natureza e de entes não-naturais. Essas considerações dão continuidade a uma crítica em andamento ao relativismo antropológico. Parte dessa crítica consiste no reconhecimento do conflito entre ontologias, bem como das áreas de acordo entre elas. Mas por que é que uma conversa sobre a economia política nos trópicos traz consigo a palavra ontologia em seu próprio título? Esta é a primeira pergunta.

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“…Daí que, na mesma medida em que não existe mundos sem sujeitos (Lima, 1996), de tal forma que ontologias se formam de modo pronominal (Viveiros de Castro, 1996), tampouco existe narrativa sem um sujeito que se forme a partir de determinado pensamento (Derrida, 1973;. Quando uma narrativa transparente pretende se erigir, reclamando a objetividade do mundo a partir de um discurso descentrado, o resultado é uma purificação do outro: tanto uma faxina ontológica (Almeida, 2013), quanto uma objetivação epistemológica (Das, 1997) que, como bem argumenta Spivak, reduz o outro a um efeito do discurso.…”
Section: Intelectual Pós-colonial: Ativista Imaginativounclassified
“…Daí que, na mesma medida em que não existe mundos sem sujeitos (Lima, 1996), de tal forma que ontologias se formam de modo pronominal (Viveiros de Castro, 1996), tampouco existe narrativa sem um sujeito que se forme a partir de determinado pensamento (Derrida, 1973;. Quando uma narrativa transparente pretende se erigir, reclamando a objetividade do mundo a partir de um discurso descentrado, o resultado é uma purificação do outro: tanto uma faxina ontológica (Almeida, 2013), quanto uma objetivação epistemológica (Das, 1997) que, como bem argumenta Spivak, reduz o outro a um efeito do discurso.…”
Section: Intelectual Pós-colonial: Ativista Imaginativounclassified
“…A autonomia dos pescadores e pescadoras no processo de institucionalização da pescaria é relativo à presença de diálogo equitativo na gestão. Neste trabalho, a autonomia é concebida do ponto de vista ontológico político (Almeida, 2013). Isso significa dizer que a autonomia é promovida quando os/as pescadores/as encontram espaço para definirem a si próprios na relação com os demais atores, pautar suas demandas de gestão e viabilizar o sustento de suas famílias.…”
Section: Desenvolvimento Teórico-metodológico Da Pesquisaunclassified
“…Para extrativistas e pescadores/as o que está em jogo na criação regramentos de pesca e nas situações de conflito ambiental é a possibilidade de existência de seu mundo pescador, da manutenção de sua autonomia ontológica (Almeida, 2013). As formas pescadoras de relação com a natureza e o território marinho são radicalmente diferentes daquelas associadas aos empreendimentos urbanos (autopista e ETE), para os quais os ecossistemas costeiros foram considerados espaços subutilizados sujeitos à degradação.…”
Section: Conclusõesunclassified
“…There is mistrust on all sides, coexisting with strong gift and exchange relationships, which were more pronounced in Regência Augusta up to the end of 2015. The arrival of the Samarco mud at the mouth of the River Doce has aggravated the mistrust, and this event can be viewed as representing broader ontological conflicts (Almeida 2013).…”
Section: Final Considerationsmentioning
confidence: 99%