RESUMOObjetivo: Verificar a prevalência de transtornos mentais auto-referidos entre estudantes de graduação, identificando os fatores demográficos e psicossociais associados. Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal entre 2005 e 2006, com aplicação de um questionário anônimo e de autopreenchimento dentro de sala de aula, utilizando-se um tipo de amostra proporcional por áreas dos cursos. Foi analisado um total de 1.290 estudantes, de ambos os sexos, regularmente matriculados (períodos diurno e noturno) nos cursos das áreas de humanas, artes, profissões da saúde, ciências básicas, exatas e tecnológicas, nos campi de Campinas/SP e de Limeira/SP da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O questionário utilizado abordou questões sobre o perfil sociodemográfico e saúde mental (por meio do instrumento padronizado M.I.N.I. − Mini International Neuropsychiatric Interview). Os dados foram submetidos à análise estatística e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A prevalência de pelo menos um tipo de transtorno mental foi de 58%, sendo 69% em mulheres e 45% em homens. Conclusões: Este estudo revelou que estudantes do gênero feminino apresentam mais queixas de sofrimento mental e maiores dificuldades psicossociais.
ABSTRACT