Capacidade funcional de idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência

Abstract

Instituições de Longa Permanência são fonte de apoio para um grande número de idosos, objetivando a manutenção da capacidade funcional desses longevos, sendo um grande desafio, visto que a institucionalização representa, por vezes, um desfecho desfavorável para eles. O objetivo da pesquisa é identificar os impactos da institucionalização na capacidade funcional dos idosos em uma Instituição de Longa Permanência. Foram respeitados os preceitos éticos (Res. CNS 466/12) e mantidos os cuidados frente à Pandemia do COVID-19. O estudo é de cunho observacional, transversal, descritivo, com abordagem quantitativa realizada com 30 idosos residente da ILPI. A presente pesquisa demonstrou que 43.33% dos idosos estudados são independentes funcionalmente no score do índice de Kartz. Destaca-se que a maioria era do sexo masculino (93.33%), na faixa etária entre 60 a 69 anos; 76.68% dos idosos avaliados eram analfabetos. Os idosos institucionalizados tem maiores dificuldades em atividades relacionadas à higiene pessoal, e menos dificuldades em práticas alimentares e transferência. A renda também altera a dinâmica de vivência dos institucionalizados e as doenças crônicas apresentam-se como fatores limitantes. Este estudo evidenciou impactos importantes da institucionalização sob a capacidade funcional dos idosos, demonstrando que manter a integridade e a independência dos longevos é um importante desafio.

Fatores associados com redução da capacidade funcional em idosos de uma Instituição de Longa Permanência no município de Curitiba – PR

“…Entretanto, mesmo diante do cuidado multiprofissional, quando presente, questiona-se na literatura o papel da própria institucionalização como possível fator de risco isolado para o declínio funcional da pessoa idosa (Mottram et al, 2002), ou se haveria relação com o maior grau de dependência desta população quando comparados aos indivíduos da comunidade (Camarano, & Barbosa, 2015). Alguns dados internacionais demonstraram maior deterioração na capacidade da realização de ABVDs na população moradora em ILPI (Costa et al, 2021), porém a literatura nacional ainda é bastante escassa no acompanhamento longitudinal deste perfil de pessoas idosas, priorizando dados provenientes de estudos transversais, o que limita a avaliação do impacto das ILPI na funcionalidade do indivíduo idoso (Costa et al, 2021;Silva et al, 2017;Smanioto, & Hadad, 2011).…”