“…Sabe-se que o apontamento para o diagnóstico ou, pelo menos, para o risco de autismo precisa ser feito o quanto antes, de modo a viabilizar a intervenção precoce que torna o prognóstico mais favorável, como indica a literatura especializada. A intervenção precoce atua preventivamente, evitando que se instale uma cascata de prejuízos em virtude dos desafios sociocomunicativos presentes no TEA, tais como baixo contato visual, imitação falha, pouca ou nenhuma atenção compartilhada, ou seja, a fragilidade no interesse pelo outro gera uma constante perda de oportunidades de aprendizagem que vai se agravando e gerando a cronificação dos sintomas (BAGAIOLO et al, 2018;PINTO et al, 2016;COSTA, 2014;DAWSON, 2014;DAWSON, 2008 Enquanto o TEA toma a atual dimensão de um problema emergente de caráter em saúde pública, o desenvolvimento de estudos e a promoção de debates que reorientam de forma geral a formação em saúde avançam e ganham cada vez mais força na literatura científica nacional (FEUERWERKER; ALMEIDA, 2003;CECCIM;CARVALHO, 2006;BATISTA, 2013). Dessa forma, pesquisar a formação profissional e acadêmica de sujeitos e sua forma de agir e pensar no campo da saúde tornam-se desafios permanentes, no sentido de que tal formação deve ser sintonizada com a realidade social, em relação a novos problemas, a diagnósticos, a tratamentos, a redes de assistência e reabilitação.…”