Resumo Este artigo analisa a formação internacional de Maria Palmira Macedo Tito de Morais, como bolsista da Fundação Rockefeller no campo da enfermagem, durante o Estado Novo português. Compreende-se de que forma os contextos locais influenciaram as ações da agência filantrópica internacional, o que culminou em disputas com a Organização Mundial da Saúde pela presença da enfermeira portuguesa em seus quadros. São utilizados como fonte dois dossiês sobre Maria Tito de Morais e seus dois cartões de bolsista, coletados no Rockefeller Archive Center, um relatório da Direção Geral de Saúde de Portugal e o periódico A Tribuna, consultado na Hemeroteca Digital brasileira. Conclui-se que as estratégias utilizadas pela Fundação Rockefeller, ao financiar a formação de Maria Tito de Morais com o intuito de cooptá-la para seu staff, não garantiram o controle sobre sua trajetória profissional.