O prognóstico das Pessoas Vivendo com HIV obteve importantes progressos nas últimas duas décadas. O advento da Terapia Antirretroviral é um dos fatores que proporcionou o aumento na expectativa de vida. No entanto, essa expectativa ainda é menor do que a observada na população sem o vírus HIV. Um dos importantes parâmetros de avaliação de riscos à saúde é a análise da adesão ao tratamento antirretroviral. O objetivo do estudo é delinear um perfil epidemiológico de uma população vivendo HIV/Aids, relacionando com possíveis fatores de risco à saúde. O desenho da pesquisa adotado foi de caráter observacional descritivo de corte transversal. A amostra de conveniência foi de 43 PVHIV, atendidas no SAE/CTA de Ponta Grossa-PR. Apenas a variável “renda familiar” apresentou associação significativa (p<0,05) com a adesão ao tratamento. A maior porcentagem dos indivíduos (41,86%) foi diagnosticada na faixa etária entre 20 a 29 anos, o estado civil com maior predominância corresponde aos solteiros (48,84%), a renda familiar observada atinge em maioria, até um salário mínimo (34,88%). Um total de 25,58% declarou-se tabagista, com maior predomínio entre os homens. 16,28% dos indivíduos relataram hipertensão arterial. Verificou-se média geral de IMC de 25,31 kg/m² (dp= 4), classificado como sobrepeso e com perfil lipídico acima dos parâmetros recomendados. Conclui-se a necessidade da implantação de ações preventivas e de intervenção visando a redução de fatores de risco nas pessoas vivendo com HIV/aids em terapia antirretroviral.