O setor de transporte rodoviário de cargas possui diferentes modelos de contratação de fretes, fator que impacta negativamente nas condições de trabalho oferecidas aos motoristas. A jornada de trabalho dos caminhoneiros brasileiros está, como regra, ligada à sua relação trabalhista com a transportadora contratante. O principal objetivo da pesquisa foi identificar e analisar os principais aspectos de saúde e segurança ocupacional que afetam os motoristas autônomos. A pesquisa consistiu em uma revisão da literatura nas bases de dados SciELO, Scopus e Web of Science, na qual se utilizou um processo estruturado, abrangendo um planejamento, execução e análise dos dados pesquisados. A fadiga e a sonolência durante a atividade são consideradas um grande problema de saúde para a categoria, não só porque afetam o bem-estar, mas também porque impactam no desempenho da condução do veículo e, consequentemente, na segurança. Os achados vão ao encontro das discussões trazidas sobre a crescente informalização do trabalho dos autônomos, que os submete à contratos temporários, sem garantias de direitos trabalhistas, com jornadas exaustivas. Este artigo faz uma reflexão sobre a fadiga e a sonolência como as principais causas dos acidentes de trânsito, tornando-se imprescindível o estabelecimento de condições mínimas a serem observadas por qualquer contratante do serviço.