ResumoObjetivo: cada vez mais, o câncer vem se tornando um problema de saúde pública, sendo que estes pacientes, em sua maioria, recebem como tratamento essencial a quimioterapia, o qual leva a alterações celulares, bem como, a imensa imunossupressão, resultando em diversas manifestações orgâni-cas, sendo comuns as infecções por diversos tipos de microrganismos, entre eles espécies fúngicas. O presente trabalho teve o objetivo de investigar a presença de candidíase e fungos do gênero Candida na cavidade oral de pacientes que estão sendo submetidos ao tratamento quimioterápico no Centro de Oncologia do Hospital da Cidade de Passo Fundo, e fazer uma comparação com a literatura científica atual. Metodologia: o estudo realizado possui caráter quantitativo e descritivo, não probabilístico, onde os dados foram coletados por uma ficha com informações acerca de dados sociodemográficos e da saúde de 40 pacientes que se encontram em tratamento quimioterápico. Foram também feitos um exame clínico oral para diagnosticar a presença de candidíase, após, foi coletado material da mucosa com swab estéril, semeado em Ágar Sabourand com Cloranfenicol, incubadas a 25°C e observadas em 48h; foram coletadas amostras de todos os pacientes. Resultados: não houve presença de candidíase oral em nenhum paciente e dos 40 pacientes houve presença de leveduras do gênero Candida, em 20 (50%). Conclusão: pacientes que fazem tratamento quimioterápico não apresentam maior prevalência de candidíase oral e os que estão em tratamento antineoplásico apresentam maior presença de fungos do gênero Candida na cavidade oral, quando comparados, pela literatura com pacientes saudáveis. Palavras-chave: Tumores, Quimioterapia, Candida sp, candidíase
IntroduçãoAs neoplasias malignas ocorrem por uma alteração genética na morfologia e comportamento celular e são a segunda causa de morte por doença no mundo, sendo que cerca de 70% destes pacientes recebem quimioterapia como tratamento de escolha (1). A quimioterapia produz efeitos colaterais em todo organismo do paciente, e um dos locais mais acometidos com este tratamento é a cavidade oral (2).A quimioterapia por ser um tratamento sistêmico atinge todas as células do organismo sem diferenciar as normais das alteradas, essencialmente as de rápida proliferação, levando a certas consequências que irão depender do estado do paciente, o estadiamento do tumor e também das drogas utilizadas (3).