Estudos sobre diversidade vegetal das restingas auxiliam na conservação e alertam para a degradação desse ecossistema. Diante disso, o objetivo do estudo foi descrever a estrutura e a distribuição da vegetação lenhosa da restinga de Ituberá e Serra Grande na Bahia. Para amostragem foram utilizados cinco transectos paralelos, distando 10 m entre si, sendo alocados 50 pontos em cada área. Foram selecionados os indivíduos lenhosos com PAS > 10 cm e os parâmetros fitossociológicos foram calculados utilizando o FITOPAC. Foram selecionadas as espécies de maior valor de importância (VI) de cada área para analisar as distribuições de densidade de Kernel. Foram identificadas 57 espécies e 34 famílias em Ituberá e 30 espécies e 16 famílias em Serra Grande. As espécies com maior VI foram Miconia holosericea, Tapirira guianensis e Terminalia tetraphylla em Ituberá e Manilkara salzmannii, Didymopanax morototoni e Eugenia punicifolia em Serra Grande. A média dos diâmetros variou de 11,80 cm a 8,70 cm, entre as áreas de Ituberá e Serra Grande, respectivamente. Os índices de diversidade e equabilidade foram H' = 3,319 nat.ind-1 e J' = 0,821 em Ituberá, e H' = 2,828 nat.ind-1 e J' = 0,831 em Serra Grande. Os mapas das espécies de maior VI evidenciaram uma alta concentração da densidade das espécies no litoral baiano, exceto para a espécie E. punicifolia que apresenta maior distribuição no interior do Estado. É necessário ampliar as pesquisas nos ecossistemas litorâneos para subsidiar políticas públicas direcionadas para manutenção e criação de novas áreas para proteção das restingas no Nordeste do Brasil.