“…Essa feição proporciona uma rápida depleção da -4 a 10 -6 m/s e coeficiente de armazenamento da ordem de 10 -3 a 10 -5 para o aquí-fero confinado (Tabela 1) (SANTOS, 2002;SCHUSTER et al, 2002;SCHUSTER et al, 2003;GASPAR, 2006;POMPEU e RODRI-GUES, 2002;BARBOSA, 2009;CAMPOS et al, 2010). Nesse tipo aquífero, as elevadas vazões de explotação associadas a pequenos rebaixamentos observados nos poços resultam no desenvolvimento de extensos raios de influência (acima de 2.500 m), acarretando em interferências entre os poços e desses com os cursos de águas superficiais nas épocas de estresse hídrico (meses de maio a outubro) (BARBOSA et al, 2014) A hidrogeologia do SAU ainda é objeto de muitos questionamentos e investigações quanto à sua espessura, tipos de aquíferos existentes e suas inter-relações. Várias ideias foram propostas tendo como suporte os valores de parâmetros hidrodinâmicos obtidos a partir de dados de testes de bombeamento em diferentes sub-bacias hidrográficas: (i) aquí-fero inferior do tipo drenante ou semi-confinado, o qual recebe um fluxo vertical (ou drenança) do aquífero superior do tipo arenito fraturado e não-confinado (SCHUSTER, 2003;SCHUSTER et al, 2002); (ii) aquífero livre com drenança retardada (NASCI-MENTO, 2003;LUZ et al, 2009;CAMPOS et al, 2010); (iii) presença de sub-tipos de aquíferos (i.e., livre, confinado, livre profundo e suspenso) devido a modificações no padrão de sedimentação do Grupo Urucuia (GAS-PAR, 2006; GASPAR e CAMPOS, 2007); (iv) sistema livre desenvolvido nos intervalos arenosos superiores e condições locais de confinamento, nos mesmos arenitos, controlado por intervalos arenosos muito silicificados (OLIVEIRA et al, 2008; LIMA e SANTOS, 2011); (v) aquífero livre superior com dupla porosidade (granular e fissural) e um semiconfinado inferior de porosidade granular, sem nenhum aquitarde entre eles (RODRI-GUES et al, 2009); (vi) sistema aquífero-aquitarde-aquífero representado por um aquí-fero inferior do tipo confinado, um aquitarde formado por níveis de arenitos silicificados e fraturados e um aquífero superior do tipo livre, não sendo descartada a hipótese de ocorrência de drenança a partir dos arenitos silicificados (BARBOSA, 2007;BARBOSA, 2009;BARBOSA et al, 2014); (vii) diferentes comportamentos hidrogeológicos a depender da posição na bacia (BARBOSA et al, 2010) e; (viii) um dos mais expressivos aquí-feros de natureza livre do Brasil (KIANG e SILVA, 2015).…”