Objetivo: Identificar as características sociodemográficas e clínicas de usuários com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) atendidos em um serviço de emergência hospitalar. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal quantitativa, realizada no prontuário eletrônico de 364 pacientes diagnosticados em pelo menos um dos quatro principais grupos de DCNT, conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), em um serviço de emergência de um hospital público de alta complexidade localizado no noroeste do Estado de São Paulo. Utilizou-se estatística descritiva para análise dos dados. Resultados: Houve predominância de pacientes do sexo masculino (53,3%), casados (56,0%), com ensino fundamental incompleto (49,2%) com idade média de 62,7 anos. O diagnóstico com maior predominância (77,7%) foram as Doenças Cardiovasculares (DCV). As comorbidades associadas com maior frequência entre os participantes do estudo foram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (31,9%), seguido de tabagismo (22,3%), dislipidemia (19,2%) e etilismo (16,5%). Dos participantes do estudo, 80,4% possuíam complicações relacionadas ao seu diagnóstico principal, sendo a principal complicação Acidente Vascular Cerebral (AVC) prévio (18,4%). O medicamento mais utilizado para tratamento entre os participantes foi a classe de anti-hipertensivos. Além disso, encontraram-se extensivos erros nos registros dos prontuários clínicos dos usuários, acarretando em subnotificações. Conclusão: Conhecer o perfil dos usuários que frequentam serviço de emergência hospitalar torna-se fundamental considerando que se trata, muitas vezes, da agudização de DCNT, as quais poderiam ser minimizadas caso houvesse um acompanhamento mais eficaz do usuário na Atenção Primária à Saúde (APS), reduzindo internações não planejadas, bem como gastos e superlotação dos serviços de emergência.