Cartografias pessoais e experiência urbana: um estudo sobre a imagem da cidade de Campinas / Personal cartographies and urban experience: a study on the image of the Campinas city

Abstract

Resumo Qual é a primeira imagem que lhe vem à mente ao pensar em sua cidade natal? São muitas? Poucas? Uma? Se fosse possível cartografá-la(s), qual(is) seria(m) a(s) imagem(s) que você mesmo faz de sua cidade? Os mapas, para além das cartografias mais técnicas e tradicionais, servem também para expressar como percebemos e concebemos nossa cidade. Uma cartografia da experiência urbana estaria comprometida a entender como cada cidadão estabelece distintas relações com os seus lugares, construindo imagens e percepções próprias da morfologia e paisagem da cidade. É na tentativa de mapear estas vivências que buscamos revelar as cartografias pessoais de Campinas. Palavras-chave: Geografia humanista. Fenomenologia. Forma. Mapa. Experiência urbana. AbstractWhat is the first image that appears on your mind when you think about your home town? Are there many images? Or just a few? Only one? If it would be possible to make a cartography of them, what would be your own image(s) of your city? The maps, beyond of the technical and traditional cartographies, also serve to express how we perceive and conceive our city. A cartography of urban experience should be compromised to comprehend how each citizen establishes different relationships with their places, constructing particular images and perceptions of the morphology and landscape of city. Trying to map these experiences, we seek to reveal the personal cartographies of Campinas city.

O Espaço Turístico Narrado Por Intermedio Dos Blogs

“…A representação alcançada por meio da técnica de collage representa os principais ícones descritos na narrativa dos blogs e associam-se a formas distintas de experienciar a cidade. Conforme evidenciado por Paula (2012), estas questões acabam por fomentar uma discussão além da cartografia em si, estendendo-a à própria paisagem da cidade, na proporção de sua forma. Dessa maneira, a paisagem, além de se configurar como forma, também pode ser vista como "[...] experiência, pois são os significados que são dados à sua morfologia que produzem maneiras distintas de qualificá-la."…”

“…Ao explorar a questão da cartografia como forma de representação das experiências colocadas à cidade, novas possibilidades, ainda pouco exploradas tanto no campo da Geografia quanto na Arquitetura e Urbanismo, se colocariam como ferramentas adicionais aos estudos urbanos. Embora analisar cartografias não mensuráveis, isto é, que não dispõem de parâmetros geométricos de comparação, assim como de um sistema de referências e coordenadas que apontam orientação e posição exata, denotam certos questionamentos quanto ao método, conforme indica Paula (2012), contudo não se pode desmerecer as propositivas levantadas pelo trabalho.…”

“…A cartografia das experiências, proposta pelo artigo, parte do pressuposto que os mapas, salvo as cartografias mais técnicas e tradicionais, se colocariam como formas para expressar como o sujeito percebe e concebe a cidade. Dessa maneira, a cartografia urbana estaria ancorada em compreender como cada sujeito estabelece diferentes relações com as paisagens, levando a construção de imagens e percepções inatas à própria morfologia e paisagem de uma cidade (PAULA, 2012). Diante de tal contextualização, o artigo se encontra balizado na seguinte questão: De que maneira os relatos presentes nos blogs de turismo estariam colaborando na construção de uma narrativa de experiências de Monte Verde, influenciando na criação de roteiros a serem seguidos para uma possível usufruição do espaço?…”

Imagem e ilegibilidade da forma urbana de Campinas

“…As análises levantadas sobre a forma urbana dessa cidade derivam de alguns anos de pesquisa (DE PAULA, 2011;2012;2011a;2011b) Campinas tem uma série de problemas quanto a visibilidade de seus marcos, o que gera empecilhos para a própria construção imagética deles nas memórias de seus cidadãos. Esta pouca visibilidade tem a ver com elementos naturais de seu relevo, como descrevemos acima, e com o caráter mutante da paisagem e principalmente com a fragmentação de um tecido urbano disperso.…”