2016
DOI: 10.20505/contracampo.v35i1.853
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Caso Herzog nos jornais Folha e o Globo: história e posicionamento discursivo durante a comissão nacional da verdade

Abstract: O Brasil experimentou uma (re)avaliação da sua história oficial com a instalação da Comissão Nacional da Verdade (2012-2014), no momento em que a mídia aparece como uma das instâncias catalisadoras e engendradoras da história na sociedade. Neste texto, identificamos de que maneira os jornais Folha e O Globo se posicionaram discursivamente nesse período, quando se propunha uma (re)discussão do passado do país. Aqui, partimos das publicações sobre o caso do jornalista Vladimir Herzog, um dos mais emblemáticos e … Show more

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“…Em todo o especial, a única menção que existe ao apoio do Grupo Folha à ditadura militar está em um dos artigos opinativos, que contém muito mais ressalvas e exaltação ao grupo do que qualquer reconhecimento e demonstração de arrependimento da sua contribuição para o golpe e a manutenção do regime. Em nenhuma ocasião é citado que em 17/02/2009 o veículo fora extremamente criticado por apontar em um de seus textos que a ditadura instaurada pelos militares no país não passou de uma "ditabranda", posição distinta de quando se colocou como protagonista nas investigações da morte do jornalista Vladimir Herzog, citando, inclusive, os momentos em que cobrou esclarecimentos, ainda durante a ditadura, sobre o suposto suicídio de Vlado (DIAS, 2015;MARTINS;MOURA, 2016). Segundo Dias (2014), este caso reabriu o debate em torno do apoio da mídia à ditadura militar, quando o grupo serviu como sua porta-voz.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…Em todo o especial, a única menção que existe ao apoio do Grupo Folha à ditadura militar está em um dos artigos opinativos, que contém muito mais ressalvas e exaltação ao grupo do que qualquer reconhecimento e demonstração de arrependimento da sua contribuição para o golpe e a manutenção do regime. Em nenhuma ocasião é citado que em 17/02/2009 o veículo fora extremamente criticado por apontar em um de seus textos que a ditadura instaurada pelos militares no país não passou de uma "ditabranda", posição distinta de quando se colocou como protagonista nas investigações da morte do jornalista Vladimir Herzog, citando, inclusive, os momentos em que cobrou esclarecimentos, ainda durante a ditadura, sobre o suposto suicídio de Vlado (DIAS, 2015;MARTINS;MOURA, 2016). Segundo Dias (2014), este caso reabriu o debate em torno do apoio da mídia à ditadura militar, quando o grupo serviu como sua porta-voz.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Os jornalistas não oferecem apenas o primeiro rascunho, mas se utilizam também do passado para interpretar a história contemporânea, especialmente em comemorações e efemérides. Os jornais, com suas produções, podem aparecer não apenas como engendradores e partícipes dessas construções históricas, assumindo posicões evidentes e contundentes, mas ainda como catalisadores e coadjuvantes, com seus títulos informativos e seus efeitos de sentido que buscam a objetividade (MARTINS;MOURA, 2016). Os meios de comunicação, especificamente o jornalismo, já contribuíram, por exemplo, para a criação de um ambiente propício para a deposição do presidente em 1964 (KOSHIYAMA, 1988;FERREIRA, 2003;FICO, 2004FICO, , 2005DELGADO, 2010;GOMES, 2014;MACHADO, 2014;.…”
Section: Introductionunclassified
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