A mortalidade materna (MM) é considerada um problema de saúde mundial e pode ser classificada de duas formas: causas indiretas e as diretas. Ambas ocorrem no período gravídico-puerperal. Acresce que, o objetivo foi avaliar o panorama de mortalidade materna por causas obstétricas diretas no Brasil, durante os últimos cinco anos. Trata-se de um estudo ecológico, com objetivo descritivo e abordagem quantitativa. A coleta de dados se deu através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) durante o período entre março e abril de 2021, por meio da análise das seguintes variáveis: óbitos ocorridos em mulheres entre 10 e 49 anos, no período da gestação, no momento do parto ou durante o puerpério, relacionados ao aborto, distúrbio hipertensivo, hemorragia e infecção puerperal, no período que compreende entre 2016 a 2020. Das mortes maternas ocorridas no Brasil, a maioria delas são por causas obstétricas diretas. O Sudeste e o Nordeste obtiveram as maiores taxas, sendo o primeiro mais prevalente entre aborto, hemorragia e infecção puerperal e o segundo entre os distúrbios hipertensivos. Observou-se uma redução do índice de mortalidade materna por causas obstétricas diretas durante os anos estudados, através da adesão aos projetos apresentados pelo Ministério da Saúde. Fazendo-se necessário a implementação de novas estratégias e a conscientização das mães sobre o período gestacional e puerperal.