“…O que, segundo as disposições do professor e filósofo Eduardo Oliveira, no artigo "Filosofia do encantamento" (2003), do ponto de vista cultural, configuraria uma perda do Encantamento, pois a subtração ou exclusão dos princípios essenciais de culturas significaria a perda da oportunidade de entender os significados mágicos que integram os mistérios e significados que se desconhecem sobre o ser humano. Significaria abdicar das possibilidades de (re)criação, ressignificação do ente e sua existência(Oliveira, 2003), numa espécie de poiésis que não se escreve, mas que se vivencia e se ressignifica per se, pois é desse encantamento que se promove a Filosofia Africana que integra a sabedoria de todas as coisas não, necessariamente como um sentimento que se pensa antes, de acordo com as premissas literárias. A poesia para as culturas africanas, e também para as indígenas, estaria nas relações empreendidas espontaneamente entre o homem e a natureza, nas quais se articulam cultura e saber como saber em construção: O Olhar encantado não cria o mundo das coisas.…”