A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica de alta prevalência, com altas taxas de mortalidade e morbidade, sendo a doença de Chagas (DC) a sua terceira maior causa no Brasil. Para insuficiência cardíaca refratária, o transplante cardíaco é reconhecido como opção curativa, na ausência de contraindicação. O prognóstico pós-transplante de IC pacientes por DC, porém, é pior do que outras causas e ainda não se sabe conhece bem o porquê e sua patogenicidade. O objetivo é identificar marcadores de perfil proteico plasmático e tecidual associados à patogênese da IC, com foco em DC. O método envolve coleta de amostras de plasma e miocárdio de pacientes de cardiomiopatia dilatada por DC (grupo patológico), por causa idiopática e isquêmica (controle positivo) e pacientes não doentes (controle negativo), cujos materiais são analisados por espectometria de massa, processados em bioinformática (PeaksX) e as informações finais cruzadas com bases de dados universais (UniProt/SWISS-PROT e UniProt/TrEMBL). A amostra contém 15 pacientes cujo perfil clínico-epidemiológico é de 21.4% de chagásicos, com idade média de 62,6 anos, 63,3% masculino, 50% em NYHA III e 85,7% com fração de ejeção de ventrículo esquerdo reduzida abaixo de 40%. Resultados iniciais do piloto indicam a presença de 119 proteínas na amostra de tecido e 47 na de plasma. Destas, 5 foram observadas em ambas: haptoglobina, cadeia beta e alfa de fibrinogênio, proteína ligante secretora de esperma do epidídimo e serotransferrina. A tarefa de identificação de proteínas foi cumprida, devendo ser continuada futuramente e permitindo pesquisas futuras para compreensão da função dessas cadeias na patogênese da IC por DC. Este trabalho é parte de um projeto maior em parceira com a Universidade de Brasília e o Instituto do Coração do Distrito Federal e terá continuidade de coletas e análises para aprofundamento