Introdução: O vírus HIV e os medicamentos utilizados no tratamento da infecção geram efeitos desfavoráveis ao organismo humano, seja em nível celular ou macroscópico, como a destruição dos linfócitos TCD4 e as alterações no tecido adiposo. Essas disfunções impactam diretamente no estado nutricional, que deve se manter adequado para um prognóstico positivo. Objetivo: avaliar parâmetros bioquímicos, nutricionais e de hábitos de vida de pessoas que vivem com HIV. Método: estudo transversal, descritivo e analítico com amostra composta por 50 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 a 60 anos, que fazem uso da terapia antirretroviral e atendidos no ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB/UFPA). Resultados: Dos participantes da pesquisa (n=50, 100%), 40% (n=20) apresentaram glicemia elevada, 30% (n=15) triglicerídeos limítrofe e 60% (n=30) HDL baixo. Em relação aos hábitos de vida, 56% (n=28) se autodeclararam sedentários, 20,4% (n=10) tabagistas e 36% (n=18) etilistas. No âmbito nutricional, a pesquisa apontou que a maioria se encontra em sobrepeso/obesidade segundo o IMC (n=25, 50%) e eutróficos segundo a ACB% (n=30, 60%), sendo que 52% (n=26) estão em risco cardiovascular e metabólico. Conclusão: Observou-se uma frequência considerável de sedentários e com alterações que refletem no estado nutricional, sendo necessária uma análise mais criteriosa, individualizada e multiprofissional objetivando melhoria na qualidade de vida e controle da infecção.