IntroduçãoA obstetrícia atual ainda não desvendou, por completo, todas as lacunas envolvidas no determinismo do parto. Em outros mamíferos o conhecimento está melhor documentado, embora seja nitidamente diverso em humanos, princi- palmente no que se refere às alterações hormonais. O esvaecimento e a dilatação da cérvice uterina no final da gestação não resultam somente das contrações uterinas, mas também de outros processos complexos 1 .Muito se discute, em nossos dias, sobre o verdadeiro papel do ácido hialurônico e das fibras colágenas no preparo da cérvice uterina para a parturição. Clinicamente, o uso intracervical de hialuronidase tem sido proposto como forma de acelerar o processo de esvaecimento e dilatação cervical, sendo indicada, também, nos casos de excesso de componente conjuntival cervical (colo esclerótico ou anelástico). Excluída a causa neoplásica, a ação da hialuronidase parece vantajosa, já que a cérvice uterina, em condições normais, tem cerca de 85% de tecido conjuntivo 2 .