O presente artigo tem como foco temático as metamorfoses que o punk, enquanto forma artística e cultural, movimento, (sub) (pós) cultura e cena, tem sofrido ao longo dos tempos. Esta análise, possui como contexto central o Brasil e o Sul Global. Assim, partimos da realização de quatro entrevistas semiestruturadas, para dar conta das modalidades de ação e de representação dos atores sociais enquanto elemento base para a construção de uma problemática científica em torno da importância do movimento punk na atualidade, enquanto arma política e forma de resistência e de existência. Desta feita, debruçamo-nos sobre quatro temáticas chave, nomeadamente a relação entre o punk e o feminismo negro, o punk afro-indígena, o punk LGBTQI+ e o punk periférico. A memória de um passado político, social e econômico conturbado é o enquadramento destas metamorfoses, bem como será o nosso ponto de partida, para que possamos compreender os discursos, os sentidos e os significados do punk na sociedade brasileira contemporânea.
Palavras-chave: punk, historicidade, metamorfoses, representações, Sul Global.