Os blocos de concreto celular cada vez mais vêm ganhando mercado devido as suas características de isolamento térmico, de isolamento acústico, de baixa densidade, entre outras. Uma propriedade relevante é a resistência à compressão, a qual limita algumas aplicações deste tipo de material, por exemplo, a utilização em paredes estruturais (paredes que venham a ser submetidas a deformações impostas ou a cargas de ocupação mais significativas), as quais exigem uma resistência à compressão mínima de 3 MPa. Devido ao aumento da utilização do concreto celular nas construções, este trabalho teve como objetivo a avaliação das propriedades físicas e mecânica de dois tipos de blocos celulares comercializados na região de Passo Fundo/RS, Brasil. Ensaios experimentais foram realizados para determinar as seguintes propriedades: densidade seca, a densidade saturada, os índices de vazios, a absorção de água, a condutividade térmica e a resistência à compressão foram realizados. Os resultados mostraram que o concreto celular autoclavado apresentou melhores propriedades físicas e mecânicas quando comparado com o concreto celular espumígeno, isto é, o bloco de concreto celular autoclavado teve maior resistência à compressão, menor condutividade térmica, menor densidade e poros distribuídos de forma mais homogênea, porém os valores encontrados para a resistência à compressão de ambos os blocos foram inferiores aos determinados pelos fabricantes destes blocos. Portanto, os blocos de concreto autoclavado podem ser utilizados para alvenaria de vedação nas construções, pois atingiu a resistência à compressão mínima necessária para este tipo de parede. Já os blocos de concreto celular espumígenos, em média, apresentaram valores de resistência à compressão muito abaixo (0,6 MPa) dos valores exigidos para paredes de alvenaria de vedação (1,5 MPa), exigindo que o fabricante revise a formulação dos traços desses blocos.