O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a substituição da areia natural pelo resíduo de areia verde de fundição na fabricação de concreto espumígeno. O projeto experimental foi constituído de dois fatores com diferentes níveis: proporção de resíduo de areia verde de fundição em cinco níveis (0%, 25%, 50%, 75%, 100%) e quantidade de espuma em quatro níveis (5%, 10%, 15%, 20% em relação à massa total). A substituição da areia natural foi feita em relação a massa de material. As influências de cada fator sobre a resistência à compressão, densidade (seca e saturada), índice de vazios e absorção de água foram avaliadas. A partir dos resultados, pode-se observar que todos os fatores tiveram influência significativa sobre as variáveis respostas, isto é, aumentando a quantidade de espuma, a resistência à compressão, a densidade seca e a densidade saturada diminuíram em média 32,9%, 21,0% e 14,5%, respectivamente. Já o índice de vazios e a absorção de água tiveram um aumento, em média, de 44,1% e 76,9%, respectivamente, com o aumento da quantidade de espuma. Também se observou que aumentando o percentual de substituição do resíduo em relação a quantidade de areia natural a densidade seca aumentou, em média 23,7% e a densidade saturada aumentou, em média, 14,1%. A resistência à compressão, o índice de vazios e a absorção de água diminuíram, 29,1%, 31,0% e 43,5%, respectivamente, com o aumento do percentual de substituição. De acordo com os resultados é possível verificar que o resíduo de areia verde de fundição tem potencial para ser utilizado na fabricação de blocos de concreto espumígenos, porém estudos avaliando a durabilidade e os efeitos ambientais devem ser realizados, assim como em estudos anteriores que utilizam esse resíduo em concreto e argamassas convencionais e também em pavimentos.