Chemical restraint of jaguars Panthera onca Linnaeus, 1758 with allometrically scaled doses of tiletamine, zolazepam, detomidine, and atropine

Abstract

Chemical restraint of large felids is necessary for the handling, transportation, clinical assessment, and induction of anesthesia. The objective of this study was to evaluate the efficacy and safety of chemical restraint using a combination of tiletamine, zolazepam, detomidine, and atropine with interspecific allometric scaling doses in captive Panthera onca. There were ten males (two melanistic ones) and five females weighing between 35 and 80 kg. The evaluation of the chemical restraint protocol was carried out during routine management of the animals for physical examination, collection of blood and bone marrow samples, dental evaluation, and other procedures. During pre-established intervals, rectal temperature, heart rate, respiratory rate, nociception of thoracic and pelvic limbs, muscle relaxation and loss of the righting reflex were monitored. Loss of the righting reflex occurred at 8 ± 1.89 minutes post-injection (MPI). Respiratory rate returned at 77.6 ± 8.18 MPI; return of consciousness occurred at 112.6 ± 12.28 MPI, and complete recovery at 153 ± 12.47 MPI. There were no statistical differences between heart and respiratory rate means and oxyhemoglobin saturation. For rectal temperature, there was a significant reduction. The protocol analyzed was efficient for the chemical restraint of jaguars, enabling the manipulation, transportation, physical examination, dental evaluation, blood and bone marrow sample collection, and other minor invasive procedures of medium duration in these animals.

Contenção Farmacológica De Onças-Pardas Puma Concolor (Carnivora: Felidae) Com Tiletamina, Zolazepam, Detomidina, Atropina, Com Ou Sem Azaperone, Em Doses Calculadas Por Extrapolação Alométrica Interespecífica

“…Assim como foi observado com três exemplares do G1 deste estudo, outros autores relataram ocorrências de vômitos em felídeos submetidos a protocolos de contenção farmacológica contendo dissociativos e alfa-2-adrenérgicos (SOUZA et al, 2018;FAHLMAN et al, 2005;BELSARE, ATHREYA, 2010). O centro emético, localizado na formação reticular lateral do bulbo, comunica-se, por meio de fibras nervosas com a zona deflagradora dos quimiorreceptores, que possui receptores dopaminérgicos; estes podem ser bloqueados pelos neurolépticos, explicando seu efeito antiemético (SPINOSA et al, 2011).…”

“…Tais situações reforçam a necessidade da realização de jejum antes de procedimentos com fármacos que possam induzir vômito nesses animais e, no caso de onças pardas, deve-se inspecionar e certificar sobre a ausência de qualquer alimento que possa ter sido escondido pelo animal dentro do recinto. Em outros estudos em que se empregou a associação de tiletamina e zolazepam, também foi utilizada uma menor quantidade do diluente, ou mesmo aproveitados outros fármacos como a detomidina e a atropina na diluição, com o intuito de aumentar a concentração da solução e diminuir o volume obtido (SOUZA et al, 2018;FAHLMAN et al, 2005;VOLTARELLI-PACHALY, 2011;LIMA et al, 2012;OSILHIRI et al, 2012). No presente estudo, essa técnica permitiu a utilização de um único dardo na administração dos agentes de contenção, com exceção do azaperone, que foi administrado após a perda de RPE, o que facilitou o processo e reduziu o estresse dos animais.…”

“…Essa variável permaneceu com médias acima de 88%, o que de acordo com DEEM (2004), é interessante uma vez que aferições abaixo de 80% são representativas de depressão respiratória e inadequada oxigenação do sangue. Souza et al (2018) obtiveram resultados idênticos na contenção farmacológica de P. onca. A dificuldade de aferir esse parâmetro em alguns momentos e a redução dos valores podem ser reflexos da vasoconstrição periférica promovida pela detomidina (REICH et al, 1996) e pelo azaperone (SPINOSA et al, 2011) associada à diminuição da temperatura corporal.…”

“…A FC média observada durante a monitoração foi considerada normal para a espécie quando submetida à contenção farmacológica, de 100 a 120 bpm, a manutenção desse parâmetro pode ser resultado da aplicação da tiletamina associada aos efeitos antimuscarínicos benéficos promovidos pela atropina (LIN et al, 1993;CONGDON et al, 2011), e corrobora com o encontrado por Franco et al (2007) O valor médio para a perda da RPE foi de 6 ± 2 minutos e de início do período hábil de 14 ± 2 min e perda da RPE de 8 ± 2 e de início do período hábil de 16,5 ± 3 min para os Grupos 1 e 2 respectivamente. Valores estes encontrados por Souza et al (2018) e inferiores aos observados por Osilhiri et al (2012). Este resultado pode estar relacionado ao menor nível de estresse dos animais antes da contenção farmacológica, uma vez que são exemplares que foram condicionados à presença humana.…”

“…Os registros tiveram início aos 5 minutos após a constatação da perda de consciência e da RPE e foram realizados em intervalos de 10 minutos até o início da recuperação do exemplar, momento em que ele retornava a seu respectivo abrigo e era monitorado até sua total recuperação. As avaliações foram feitas de acordo com trabalho feito com Panthera onca por Souza et al (2018).…”