ENT-16α α α α α,17-DIHYDROXYKAURAN-19-OIC ACID ISOLATED FROM ORATEA SEMISERRATA AND THE STEREOCHEMISTRY DEFIANCES OF THE CHIRAL CARBONS C-4 AND C-16. Phytochemical investigation of the leaves and branches of a specimen of Ouratea semiserrata led to the isolation and characterization of ent-16α α α α α,17-dihydroxykauran-19-oic acid, along with other natural products. This diterpenoid and its derivatives were used to unambiguous 1 H and 13 C chemical shifts assignments and to indicate some mistake data described in the literature as consequence mainly of the stereochemicals of the chiral carbons C-4 and C-16. The HRMS spectra were also analysed.Keywords: Ouratea semiserrata; Ochnaceae; ent-16α α α α α,17-dihydroxykauran-19-oic acid; 1 H and 13 C spectral data; HRMS spectra.
ARTIGO
INTRODUÇÃOA investigação química de um espécimen de Ouratea semiserrata, família Ochnaceae, conduziu ao isolamento do ácido ent-16α,17-diidroxicauran-19-óico (1), além de outros terpenóides, derivados da β-D-glicopiranose, rutina (flavonóide glicosilado), biflavonóides e lignóides.A família Ochnaceae apresenta-se constituída de 600 espécies distribuídas em 39 gêneros encontrados em regiões pantropicais. No Brasil podem ser encontradas 53 espécies 1,2 . O nosso interesse pelo gênero Ouratea começou com a investigação química da espécie Ouratea hexasperma, que conduziu ao isolamento e elucidação estrutural de biisoflavonóides 3 e uma biflavona (2) com atividade inibidora do crescimento de células tumorais 4 . Após a definição estrutural do diterpeno caurânico 1 com base na interpretação de dados espectrais, principalmente os fornecidos pelos espectros de ressonância magnética nuclear de hidrogênio (RMN 1 H) e carbono-13 (RMN 13 C) uni-(1D) e bidimensional (2D) 5 , verificou-se a existência de informações de RMN 13 C e estereoquímicas registradas na literatura que requerem reavaliação. Esta constatação promoveu a necessidade de preparar uma publicação restringindo-se particularmente ao ácido ent-16α,17-diidroxicauran-19-óico (1) e seus derivados 1a-1c, incorporando-se informações importantes para possibilitar avaliações de dados de RMN 13 C e estereoquímicos encontrados na literatura (e.g.)6-12 , na tentativa de evitar, ou no mínimo reduzir, a utilização de dados equivocados.Artigos publicados em periódicos estrangeiros conceituados estabeleceram uma confusão sobre as estereoquímicas α (abaixo do plano estereoquímico) e β (acima) de grupo hidroxila localizado no átomo de carbono C-16 de diterpenos 16,17-diidroxicaurânicos e na definição dos carbonos 18 e 19 sustentados pelo carbono C-4. Estes fatos serviram como estímulo para uma abordagem destes aspectos estereoquímicos. A montagem de moléculas com modelo molecular permite definir com relativa facilidade estas configurações e afastar a confusão observada na literatura.O prefixo ent-representa enantio-da palavra enantiômero e revela inversão de configuração de todos os centros quirais envolvidos numa substância com configuração absoluta definida; rel-(relativa), ou asterisco (*), é usado p...