INTRODUÇÃO
Com o aparecimento da toxicidade retiniana, inúmeros pesquisadores começaram a desenvolver esforços para diagnosticar os fatores de risco e métodos para detectar precocemente essa doença.O que nos motivou realizar esta pesquisa bibliográfica foi a falta de consenso em quase todos os tópicos referentes à toxicidade retiniana. O nosso objetivo foi tentar estabelecer um protocolo para a utilização do oftalmologista.
OBJETIVORevisão bibliográfica por meio de pesquisa nos bancos de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SciELO com o objetivo de analisar a evolução e o estágio atual da propedêutica e sugerir uma conduta prática quanto ao mapeamento precoce do aparecimento desta intercorrência.
CLOROQUINA E DERIVADOS E SUAS COMPLICAÇÕES ESTRUTURA QUÍMICA E FARMACOLÓGICAA cloroquina e a hidroxicloroquina são compostos aromá-ticos das 4-aminoquinolonas. Devido a seus efeitos benéficos, os antimaláricos têm sido amplamente utilizados no tratamento do lupus eritematoso sistêmico. Uma vez estabelecido o diagnóstico, há tendência de utilizá-los de forma contínua e crônica na prática reumatológica.Essas drogas são totalmente absorvidas pelo trato gastrointestinal. Atingem o pico de concentração plasmática entre 2 e 8 horas e o equilíbrio dos níveis plasmáticos é encontrado com quatro semanas de uso da cloroquina e com seis meses para a hidroxicloroquina (1) . São eliminadas lentamente pelo rim (3-6 meses), mas cerca de 15 a 30% da cloroquina é oxidada no fígado em metabólitos inativos e, então, eliminadas. Há relato de achados de traços de cloroquina no plasma, eritró-citos e urina em indivíduos com retinopatia, após cinco anos de interrupção da droga (2) .
RESUMOIntrodução: Os derivados das 4-aminoquinolonas vêm sendo utilizados desde sua industrialização na terapêutica da malária, das doenças reumatológicas e dermatológicas. Essas drogas apresentam reações adversas sistêmicas e oculares. As reações adversas sistêmicas afetam o sistema gastrointestinal, sistema nervoso, sistema muscular esquelético e a pele, e as oculares são: fotofobia, córnea verticilata, poliose, catarata, paralisia dos músculos extraoculares, uveíte anterior, maculopatia tóxica, neurite óptica. Objetivo: Revisão bibliográfica das complicações do uso de cloroquina e derivados. Analisar evolução e estágio atual da propedêutica. Sugerir conduta prática no mapeamento precoce dos sinais de toxicidade. Métodos: Revisão bibliográfica através da pesquisa no banco de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SciELO. Discussão: São descritos todos os exames que podem ser utilizados para mapeamento das reações adversas oculares, tais quais: exame oftalmológico completo, com ênfase na biomicroscopia e oftalmoscopia binocular indireta, campo visual computadorizado, tela de Amsler, visão de cores, exames eletrofisiológicos, polarimetria e tomografia de coerência óptica. É feita a descrição do quadro de maculopatia enfocando epidemiologia, fatores de risco, histopatologia e propedêutica. É descrita a estrutura química e as diferenças entre os derivados das 4-aminoquinolonas....