Cidades Criativas e Vila Flores: convergências e semelhanças no modelo de gestão para a inovação social

Abstract

O presente artigo tem o objetivo de analisar o modelo de gestão de uma associação cultural, iniciativa da entidade Vila Flores, responsável pela ocupação de área urbana do Bairro Floresta no município de Porto Alegre/RS, para mitigar diversos problemas sociais suscitados pela deterioração do cluster fabril local, em termos de oferta de emprego, geração de renda, desenvolvimento socioeconômico e cultural. Para tanto, a metodologia utilizada foi o estudo de caso, por meio de coleta de dados através de entrevista em profundidade, com a gestora cultural da associação, numa pesquisa de abordagem qualitativa. Entre os resultados foi possível observar que tanto o formato de organização do coletivo Vila Flores, assim como as ações desenvolvidas aproximam-se em parte dos indicadores de inovação social. Além disso, o coletivo possui um posicionamento social e cultural condizente com as reflexões teóricas acerca das cidades e territórios criativos.

Bem-estar Animal e Inovação Social: Evidências a partir de um Estudo de Caso no Sul do Brasil

“…Conforme destacado por M1 (2018), a capacidade do projeto de sensibilizar as pessoas para os infortúnios dos animais não humanos se concentra no viés educacional, que fomenta a mudança de valores na comunidade (Felipe, 2009;Mulgan, 2014;Profice & Santos, 2017;Sanders, 2010;Singer, 2009). A ação do projeto é propositiva, na medida em que busca respostas aos problemas enfrentados, e é inventiva e criativa, na medida em que estabelece um processo pedagógico como caminho para soluções novas e duradouras geradas com os atores sociais (Assunção et al, 2018;Avelino et al, 2019;Mello, 2018;Nicholls et al, 2015). De acordo com M1:…”

“…Este relato revela o desejo de resolver um problema social: a participação dos atores sociais e o protagonismo e a novidade na promoção de valores éticos, direitos e comprometimento social articulados com o propósito de gerar uma vida mais digna para os humanos e animais não humanos. Os três pontos da inovação social -buscar a solução para um problema social; participação dos atores envolvidos; e viabilizar soluções novas e duradouras para a comunidade -também estão contemplados no testemunho de M1 (Assunção et al, 2018;Avelino et al, 2019;Bignetti, 2011;Silva & Pacheco, 2018).…”

“…Por fim, o foco nos movimentos trata das relações sociais não institucionalizadas, a exemplo do ambientalismo, que surgiu como agente de transformação social radical. Além disso, uma inovação social deve (a) visar uma solução para um problema social específico; (b) procurar incluir todos os atores envolvidos; e (c) viabilizar soluções novas e duradouras para a comunidade (Assunção et al, 2018;Avelino et al, 2019;Bignetti, 2011;Nicholls, Simon, & Gabriel, 2015;Silva & Pacheco, 2018).…”

Animal Welfare and Social Innovation: Evidence from a Case Study in Southern Brazil

“…The project's ability to raise people's awareness of the misfortunes of non-human animals focuses on educational bias, as highlighted by M1 (2018), which fosters the change of values in the community (Felipe, 2009;Mulgan, 2014;Profice & Santos, 2017;Sanders, 2010;Singer, 2009). The action of the project is propositive, in the sense that it seeks answers to the problems faced, and it is inventive and creative, insofar as it establishes a pedagogical process as a way for new and lasting solutions generated with the social actors (Assunção et al, 2018;Avelino et al, 2019;Mello, 2018;Nicholls et al, 2015). According to M1, "Dog Therapy also has an educational purpose because it draws the attention of volunteers people interested in the project to the importance of responsible adoption, animal identification, vaccination and castration for disease control, and overpopulation of animals.…”

“…Finally, the focus on movements deals with non-institutionalized social relations, much like environmentalism, which emerged as an agent of radical social transformation. In addition, a social innovation should (a) aim at a solution for a particular social problem; (b) seek to include all the actors involved; and (c) make new and lasting solutions viable for the community (Assunção et al, 2018;Avelino et al, 2019;Bignetti, 2011;Nicholls, Simon, & Gabriel, 2015;Silva & Pacheco, 2018).…”