O artigo analisa o Seminário Internacional “Criação de Novas Cidades”, promovido no Rio de Janeiro, em 1958, pelo Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura, com a colaboração da União Internacional dos Arquitetos, do Instituto de Arquitetos do Brasil e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital. A partir desse evento transnacional, multidisciplinar e interinstitucional, busca-se apreender algumas tensões disciplinares na disputa por legitimidade de modos de pensar e fazer as cidades novas, com foco nas estratégias mobilizadas pelos arquitetos e urbanistas. A análise ancora-se, sobretudo, em registros oficiais do evento e em notícias veiculadas no jornalismo cotidiano carioca, que nos fornecem versões múltiplas sobre os acontecimentos.