Class and Colonialism in Antarctic Exploration, 1750–1920

Recruitment advertising for Antarctic personnel: between adventure and routine

“…This combination of slogan and image builds upon the idea of Antarctic exceptionalism that sets the continent apart from other parts of the world. As Chaturvedi (2011, p.22) explains, the underlying reasoning for Antarctic exceptionalism ‘has been that specific polar attributes and issues related to the Antarctic demand and deserve an exclusive treatment on their own merit.’ This exceptionalism is problematic in today's society, because as Hemmings (2009, p.55) puts it, ‘globalisation now denies us the capacity to treat anywhere differently and thereby disables the principle of Antarctic exceptionalism.’ Writing from a historian's perspective, Maddison (2015, p.198) too urges his readers to see Antarctica as a place ‘joined to the wider history of humanity’. Nevertheless, Antarctic exceptionalism remains a selling point, imbuing the continent with an aura of uniqueness.…”

Buscando simetrias no fim do mundo: pessoas, mamíferos marinhos e objetos na Antártica do século XIX

“…Durante o século XVIII a lontra foi muito apreciada por sua pele, e a sua caça foi de grande importância para a economia no Norte do Pacífico (Busch, 1985;Maddison, 2014). Isso começou a mudar quando em 1750 a China desenvolveu uma técnica capaz de processar a pele de focas de maneira a obter tecidos utilizados na confecção de roupas para a elite do Norte chinês (Figura 2), onde havia alta demanda dessas mercadorias (Stackpole, 1953;Busch, 1985;Maddison, 2014). A estrutura da pele das focas é formada por uma camada dupla de pelos, sendo uma mais curta e macia, que é protegida por outra mais rígida, que impede o contato da primeira com a gordura do corpo (Busch, 1985;Jefferson et al, 2015).…”

“…As nações colonialistas, que durante o século XVIII buscavam novos territórios para integrar aos que já possuíam e inseri-los no sistema econômico capitalista que crescia nesse período, também entraram no comércio de peles. Países como França, Russia e Grã-Bretanha se lançaram ao mar em busca de matérias-primas para o latente mercado chinês (Stackpole, 1953;Busch, 1985;Maddison, 2014). O próprio mercado londrino, no qual havia espaço para o comércio de itens confeccionados em pele de focas, passou a financiar viagens que pudessem permitir abastecer sua economia (Smith, 2002;Basberg & Headland, 2008).…”

“…Dessa maneira diversas ilhas foram descobertas pelo oeste da América do Sul (Ilha Guadalupe, Ilhas Más Afuera e Más a Tierra) (Stackpole, 1953;Busch,1985), além de novas espécies de focas que também eram caçadas intensivamente. O mesmo aconteceu no leste do continente sulamericano, nas ilhas Falkland ou Malvinas, na região da Patagônia, no norte do Oceano Atlântico e na Ilha Geórgia do Sul, descoberta em 1777 (Stackpole, 1953;Busch, 1985, Maddison, 2014.…”

“…Mesmo com essa logística, as incertezas pairavam sobre o futuro da viagem fazendo com que as provisões da tripulação fossem calculadas rigorosamente, pois num prolongamento inesperado, ter esses recursos poderia ser a garantia de um retorno seguro ao lar (Weddell, 1825). Não era diferente em uma viagem para as Shetland do Sul na Antártica após a descoberta das ilhas em 1819, um novo destino cheio de promessas e desafios, cujos recursos enchiam os olhos daqueles que já haviam explorado exaustivamente outras partes do globo (Weddell, 1825;Clarke, 1850;Stackpole, 1953;Busch 1985;Zarankin & Senatore, 2007;Maddison, 2014).…”