Em primeiro lugar a Deus por ter me concedido condições intelectuais para prosseguir com minha formação acadêmica e, sobretudo, terminar este doutorado, o qual conciliei com minhas atividades de trabalho aqui na UNICAMP.Ao meu prezado orientador, Salvador Antonio Mireles Sandoval, por ter acolhido meu projeto de pesquisa e pelo constante acompanhamento na área acadêmica desde o mestrado.À minha banca de qualificação formada pelos professores Armando Boito Jr., Aparecida Néri de Souza e José Dari Krein, pelas sugestões enriquecedoras para o aprofundamento da pesquisa.Cabe neste momento um agradecimento também aos professores que compuseram a banca da defesa, por terem aceitado participar da avaliação desta pesquisa.
A todos os docentes e funcionários militantes das Entidades sindicais das UniversidadesEstaduais Paulistas, que se dispuseram a dar seus depoimentos e a disponibilizarem os arquivos das Entidades para a elaboração da pesquisa.Aos colegas, amigos e professores do GPPE pela agradável convivência na Academia.Aos meus familiares que sempre me deram apoio e, de alguma forma, sempre estiveram presentes e dispostos a colaborar para que eu pudesse prosseguir com minha pesquisa.v EPÍGRAFE "Quando a cidadania política insiste em se manifestar, ela só pode ser tratada como transgressão. E se as pessoas se organizam para reivindicar concretamente os direitos (trabalho, saúde, educação), transformam-se em criminosas. Para um governo totalitário, qualquer ação que venha a tentar o restabelecimento de um espaço público de discussão e reivindicação passa a ser considerada um crime. Por isto o movimento social é visto como baderna e o ativista social como um fora da lei. Opera-se uma inversão: em vez de a lei proteger a cidadania, ela só protege aquele que renuncia na prática aos direitos de cidadão. Só está dentro da ordem aquele que adere ao consenso: aplaude ou silencia". Franklin Leopoldo e Silva (Docente USP) vii RESUMO Esta tese analisa os movimentos sindicais nas Universidades Estaduais Paulistas ocorridos desde o final dos anos 1970 até 2008. O objetivo da pesquisa, além do resgate histórico das paralisações e greves ocorridas, foi também o de analisar o atual processo de desmobilização das categorias de docentes e de funcionários nestas universidades. Para tanto, buscamos conhecer e compreender o sindicalismo praticado pelas Entidades Sindicais ao longo dos anos. As transformações no mundo do trabalho oriundas do neoliberalismo, o qual levou à conseqüente Reforma do Estado nos anos 1990, promoveram a implementação de ações neoliberais nas universidades públicas e no ensino superior, bem como a mudança do perfil das categorias. Esses e outros fatores vêm dificultando profundamente a mobilização coletiva, tanto da categoria dos docentes, quanto da categoria dos funcionários.