Resumo: Atualmente no Brasil, e na Amazônia principalmente, os docentes desde suas formações iniciais são programados a serem negativos "espelhos eurocêntricos". Os ideais colonizadores são alocados no pódio de verdade absoluta ou conhecimento ideal, posto que "civilizado" e "moderno". "Nossa educação expressa, reproduz e fundamenta a colonização que marca nossos saberes, práticas e poderes" (ZANOTELLI, 2014, p. 491). Pensar sobre isso é nosso objetivo neste artigo. A metodologia é a exploração bibliográ ca revisional qualitativa, levada a efeito sob o plasma do método indutivo. As conclusões que podem ser inferidas remetem a uma premente necessidade de ver as colonizações brasileira e amazônica a partir de novos paradigmas, os quais devem parar de contar a história com base na versão dos vencedores, dominadores, exploradores, em ato que transcenda a descolonialidade e seja decolonial.Palavras-chave: Re exões; Docência; Amazônia B rasileira; Pós-colonialismo; Decolonialidade.Abstract: Currently in Brazil, and in the Amazon mainly, teachers from their initial formations are programmed to be negative "eurocentric mirrors". Colonial ideals are allocated on the podium of absolute truth or ideal knowledge, since "civilized" and "modern". "Our education expresses, reproduces and grounds the colonization that marks our knowledge, practices and powers" (ZANOTELLI, 2014, 491). inking about it is our goal in this article. e methodology is the qualitative revisionary bibliographic exploration carried out under the plasma of the inductive method.e conclusions that can be inferred refer to a pressing need to see the Brazilian and Amazonian settlements from new paradigms, which must stop telling the story based on the version of the winners, dominators, explorers, in an act that transcends decoloniality and be decolonial.Keywords: Re ections; Teaching; Brazilian Amazonia; Postcolonialism; Decoloniality.
IntroduçãoNo presente artigo engendramos um plexo de re exões sobre a urgente necessidade de os docentes do Brasil, da América do Sul e, principalmente, da região amazônica do país decolonializarem suas mentes/mentalidades em suas práticas de ensino diárias -em todos os níveis de educação. A decolonialidade, como veremos, é um esforço teórico capaz de nos guiar rumo a novas interpretações de conceitos, signos e signi cados dados como prontos e acabados, notadamente pelo canonismo europeu. É "uma verdadeira virada epistêmica ou gnoseológica que nos permite desvelar o momento inicial de qualquer re exão" (PA-ZELLO, 2016, p. 233), ou seja, pensando decolonialmente conseguimos chegar ao "verdadeiro" momento primeiro de um ato re exivo, instante em que nos enxergamos por fora dos acontecimentos históricos, do mesmo modo como ensinou Bakhtin (2012) ao falar de sua exotopia.As teorias decoloniais grifam "o imaginário de uma modernidade baseada sobre a exploração colo-1 Universidade Federal do Acre (UFAC). Mestrado em Letras -Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre (UFAC).