Classificação do nível de complexidade assistencial dos pacientes em hospital oncológico

Abstract

RESUMO Objetivo Classificar o nível de complexidade assistencial requerido da Enfermagem por pacientes oncológicos internados. Método Estudo observacional, seccional, de abordagem quantitativa, realizado diariamente com pacientes oncológicos em unidades de internação de Oncologia Clínica e Cirúrgica de um hospital de referência ao tratamento de câncer durante o período de três meses. A coleta foi realizada por meio da aplicação de um questionário semiestruturado e instrumento de classificação de pacientes de Fugulin et al. (2007). Resultados Foram entrevistados 242 pacientes e realizadas 1309 avaliações com maior quantidade de indivíduos do sexo masculino e que possuíam o Ensino Fundamental incompleto. Houve maior ocorrência de câncer no sistema gastrintestinal e sistema reprodutor feminino, respectivamente, na internação de Oncologia Clínica e Cirúrgica, com maior taxa de ocupação nos meses de junho e de maio, nessa ordem. O comportamento observado foi bastante similar em ambas as internações, correspondendo, respectivamente, a pacientes que se enquadravam nos cuidados mínimos (33,1%; 35,1%) e intermediários (30,2%; 37,5%). Conclusão e implicações para a prática O sistema de classificação de pacientes e dimensionamento em Enfermagem na área oncológica merece maiores discussões e carece de instrumentos validados capazes de representar a real situação do cuidado.

Aplicabilidade da escala de Fugulin: uma revisão integrativa

“…Os objetivos e a síntese dos principais resultados encontrados na produção científica no Quadro 1. A escala de Fugulin foi utilizada como sistema de classificação de pacientes em unidades de internação hospitalar e pronto socorro e está relacionada com a realização do dimensionamento de profissionais de enfermagem a partir do grau de dependência dos pacientes (Andrade et al, 2017;Manzan et al, 2022;Vandresen et al, 2018;Vasconcelos et al, 2017;Zambonin et al, 2019).…”

“…Quadro 1 -Descrição dos artigos incluídos na revisão integrativa de literatura sobre a aplicabilidade da Escala de Fugulin. Dos cinco artigos publicados e selecionados, percebeu-se que 40% são do ano de 2017 (Andrade et al, 2017;Vasconcelos et al, 2017) e, 60% correspondem aos anos de 2018, 2019 e 2022 (Manzan et al, 2022;Vandresen et al, 2018;Zambonin1 et al, 2019). Além do mais, no que se refere ao recorte temporal de publicação, pode-se destacar que os estudos brasileiros são recentes na literatura, visto que o intervalo de publicação se encontra entre 2017 e 2022.…”

“…No entanto, os estudos reforçam a necessidade de adequar a escala de Fugulin para determinadas especialidades da saúde em que a demanda de trabalho da equipe de enfermagem é diferente, como por exemplo, Manzan, Letícia Oliveira e Vasconcelos, Raíssa Otte, realizados, respectivamente, em uma clínica oncológica e neurologia e ortopedia mostram que, apesar de aplicar a Escala de Fugulin corretamente, o quadro de pessoal de enfermagem se mostrou insuficiente pois existem outros procedimentos e demandas que influenciam diretamente na carga de horário de enfermagem de acordo com cada área especializada e que não estão inclusos no sistema de classificação de Fugulin (Manzan et al, 2022;Vasconcelos et al, 2017).…”

“…Já na análise dos níveis de evidência dos estudos, 80% são Nível IV (Andrade et al, 2017;Vandresen et al, 2018;Vasconcelos et al, 2017;Zambonin1 et al, 2019) e 20% Nível III (Manzan et al, 2022), conforme avaliação da qualidade metodológica dos artigos proposta pela Joanna Briggs Institute.…”

Assistência de Enfermagem Humanizada na Oncologia Pediátrica

“…Essa célula anormal forma um clone e começa se proliferar, ignorando as sinalizações de regulação do crescimento no ambiente circunvizinho à célula. As células adquirem características invasivas, com consequentes alterações nos tecidos circunvizinhos e infiltram-se nesses tecidos, acessando os vasos sanguíneos e linfáticos os quais as transportam até outras regiões do corpo (MANZAN et al, 2022).…”