Hrazdira, em 1974, conceituou o sistema líquido cefalorraqueano (LCR) como um todo funcional, à semelhança de um sistema cibernético. Como tal ele possui unidade anatômica relativamente isolada do restante do organismo e nele se integram elementos celulares produtores de informações que utilizam vias bioquímicas como meio de transmissão, à semelhança de "canais* de sistemas cibernéticos.Tal sistema possui um dinamismo próprio; sua organização tem por objetivo manter uma situação dinâmica no sentido da homeostase. Esta organização obedece às relações mútuas entre os elementos do sistema, no sentido de expressar suas "necessidades" e realizar seus objetivos. Confere ela, assim, um caráter de automatismo ao sistema, complementado por um conjunto regulador, o qual é representado e condicionado por uma troca contínua de informações 7 .No conhecimento e manuseio do sistema LCR através de meios matemático-estatísticos, ocorrem algumas dificuldades. Na realidade, vários dados podem ser medidos isoladamente, em termos bastante precisos. Todavia, uma expressão mais global, matematicamente, tropeça nos vazios de hipóteses e concepções ainda não bem definidos. Torna-se, dessa forma, extraordinariamente complexa a trama de possibilidades, afastando-se demasiadamente da pesquisa neurológica clínica.Guseo, em 1977, estabeleceu uma classificação de células do LCR levando em conta, sobretudo o papel dos linfócitos Τ, B, ou "nulos" na produção de imunidade. Estabelece ele a grande importância da ativação desses tipos celulares, bem como do aparecimento de formas reticulomonocitárias modificadas, complementando a resposta 5 » 6 .