Cresce a demanda por substitutos do leite por pessoas que alegam preocupações ambientais, sustentáveis ou que exibem algum tipo de restrição alimentar como veganos, vegetarianos, intolerantes à lactose ou alérgicos à proteína do leite. Dentro destes substitutos aumenta-se o consumo de bebidas vegetais as quais ainda carecem de uma legislação específica e consolidada para controle de sua identidade e qualidade o que já é estabelecido para o leite UHT. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi realizar um estudo comparativo das informações disponibilizadas nos rótulos de bebidas vegetais UHT escolhidas (cinco tipos de fontes vegetais produzidas por três diferentes empresas) e de leites de vaca UHT (três tipos de leite produzidos por cinco diferentes empresas) no que tange os aspectos nutricionais, tempo de validade total, claims, lista de ingredientes, denominação de venda e preço de mercado. Foram realizadas análises estatísticas e exploratórias dos dados obtidos. Pôde-se verificar que as bebidas vegetais apresentaram preço médio por litro de produto aproximadamente 3,4 vezes mais elevado que os leites UHT, e que as mesmas, exibiram maior quantidade de ingredientes adicionados e variações em sua composição nutricional demonstrando a necessidade de uma legislação específica. Por meio da análise de componentes principais, as amostras de bebidas vegetais de soja se agruparam às amostras de leite UHT por possuírem atributos de composição mais próximo deste produto de origem animal. Portanto, verifica-se um nicho a ser explorado na busca de uma maior padronização e diminuição do preço de mercado das bebidas vegetais.