O Aedes aegypti é um vetor de agentes de doenças que tem caráter epidêmico como dengue, febre amarela urbana, chikungunya e Zika. Algumas estratégias têm sido adotadas para conter a dispersão desse mosquito, entretanto, ainda não foi alcançado o resultado desejado. A identificação de condições meteorológicas como temperatura de superfície e precipitação pluviométrica em escalas finas, junto com outras ações, pode contribuir para o controle da proliferação do A.aegypti. Neste sentido, foi realizada uma análise temporal de sete anos do valor máximo e mínimo da temperatura de superfície e precipitação pluviométrica acumulada associado à presença de A.aegypti para cada distrito da cidade de São Paulo. Para abstração desses valores, foram correlacionados produtos de sensoriamento remoto com casos autóctones de dengue. Os limiares encontrados para todo o município mostraram 55% de precisão, 35% de erro e 10% foram inconclusivos devido à falta de dados de satélite por cobertura de núvens. No entanto, quando analisados individualmente alguns distritos atingiram uma precisão superior a 70%. Este estudo apresenta pela primeira vez estimativas de limiares de variáveis meteorológicas em escala fina associadas à presença deste mosquito e torna possível identificar potenciais áreas de risco para a proliferação do A.aegypti com uma semana de antecedência.