“…Contudo, os fenômenos El Niño e La Niña e o dipolo do Atlântico não são capazes, isoladamente, de explicar as anomalias positivas e negativas de precipitação no Semiárido, ou seja, a interação desses fenômenos com os sistemas meteorológicos como a ZCIT, os Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), brisas marinhas, variação da pressão atmosférica e altitude, e relevo é que são determinantes no regime e variabilidade de chuvas do Nordeste do Brasil, além da atuação de sistemas convectivos e massas de ar predominantes na região (Andreoli & Kayano, 2007;Marengo et al, 2011;Carvalho & Oyama, 2013;Reboita et al, 2016;Silva et al, 2018). Nesse sentido, no que diz respeito aos VCANs, apesar de poucos trabalhos relatarem sua influência, por exemplo, na variação espaço-temporal da precipitação, Diniz & Pereira (2015) relataram que este contribui para a variação espacial da precipitação no Nordeste do Brasil e, por conseguinte, no Sertão de Pernambuco. Para esses autores, na medida em que os VCANs se formam no Atlântico e avançam por todo interior do Nordeste, estes produzem nuvens de chuva em sua periferia e ar seco em seu centro, formando localmente e, de forma temporária, áreas de altas pressões, que podem contribuir para ocorrência de chuvas em qualquer parte do estado, conforme sua posição, que é variável.…”