Objetivo: Avaliar a eficácia e eventual incidência de complicações desta cirurgia. Métodos: Realizou-se estudo prospectivo para o qual foram selecionados pacientes com idade de 59±9,5 anos, que apresentavam piora do campo visual, da escavação do disco óptico e/ou descontrole dos níveis pressóricos. Foram operados 11 pacientes, 82% eram portadores de glaucoma primário. Estabelecemos como critérios de sucesso: redução sustentada da pressão intra-ocular, igual ou abaixo de 30% da pressão intra-ocular pré-operatória. Resultados: A pressão pré-operatória de 24±7, passou para 12,6±3,7 após a cirurgia e o número de medicações caiu de 2,2±1,0 para 0,5± 0,5 (p<0,005). Discussão: Atualmente não dispomos de muitas formas eficazes de se salvar a bolha que já foi funcionante. O agulhamento pode ser uma alternativa, porém não demonstra taxa de sucesso satisfatória a longo prazo. A Revisão de Simmons, no tempo por nós estudada, denota abaixamento sustentado e significativo da pressão intra-ocular. 64% alcançaram pressão intra-ocular menor que 14 mmHg. Conclusão: A revisão interna de Simmons é um procedimento seguro e eficaz para recuperar as bolhas hipofuncionantes.
INTRODUÇÃODiversas técnicas cirúrgicas e drogas têm sido usadas na tentativa de melhorar os resultados da trabeculectomia.Existem alguns fatores que aumentam o risco de falência da cirurgia antiglaucomatosa, tais como: raça negra, idade abaixo de 40 anos, pseudofacia ou afacia, trabeculectomia prévia não funcionante, glaucoma secundário a uveíte e neovascular (1)(2)(3)(4) , uso de mióticos por mais de 18 meses (4) e simpaticomiméticos por mais de 6 meses (4) . Com o aparecimento dos agentes moduladores da cicatrização, o 5-fluorouracil (5FU) e a mitomicina-C (MMC), houve melhora do prognóstico cirúrgico das trabeculectomias, especialmente nos pacientes com mais de um fator de risco (2)(3) . Tanto a MMC quanto o 5FU têm melhorado o resultado das trabeculectomias (4) , apesar de aumentarem as complicações pós-operatórias (3)(4) . Quando a eficácia destes 2 agentes moduladores é comparada, estudos demonstram que a MMC tem maior capacidade de proporcionar menor pressão intra-ocular (PIO) pós-operatória, com uma maior taxa de sucesso cirúrgico. A menor toxicidade corneal e o uso de uma aplicação única intraoperatória tornou a MMC mais popular e utilizada em olhos com pior prognóstico cirúrgico, quando comparada com o 5FU (3,5) . Segundo um artigo que avalia risco e sucesso, somente 26% dos pacien-