ABSTRACT:The purpose of this study is to assess the relation between the speaking space of the /s/ sound and the freeway space in two subject groups. One group had natural dentition (Group I, n = 61) and the other comprised complete denture wearers (Group II, n = 33). The analysis was done by means of a jaw-tracking device (K6-I Diagnostic System, Myotronics Research Inc., Seattle, WA, USA). Freeway space was determined by asking the subjects to occlude from the postural rest position. Speaking space of /s/ was measured during the pronunciation of the word "seis" and comprised the mean distance from the /s/ speaking position to maximal intercuspation. A weak correlation was found between the speaking space of /s/ and the freeway space in Group I (r = 0.41, p < 0.01), but in Group II, the correlation was stronger (r = 0.75, p < 0.01). The speaking space of /s/ and freeway space were different in Group I, but statistically similar in Group II (paired t-test, α = 0.05). It can be suggested that anatomic changes following prosthetic procedures caused a functional adaptation which resulted in more similar values for the speaking space of /s/ and the freeway space. DESCRIPTORS: Phonetics; Dental occlusion; Denture, complete; Jaw relation record.
RESUMO:O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre o espaço de pronúncia do som /s/ e o espaço funcional livre em dois grupos de indivíduos. A amostra foi classificada em dentados (Grupo I, n = 61) e portadores de próteses totais (Grupo II, n = 33). A análise foi realizada empregando um instrumento cinesiográfico (K6-I Diagnostic System, Myotronics Research Inc., Seattle, WA, EUA), capaz de fornecer registros dos movimentos mandibulares. O espaço funcional livre foi determinado solicitando-se ao indivíduo que ocluísse a partir da posição de repouso postural. O espaço de pronúncia do /s/ foi aferido durante a pronúncia da palavra "seis", registrado como a posição mandibular média para o som /s/ em relação à máxima intercuspidação. Houve uma fraca correlação entre o espaço funcional livre e o espaço de pronúncia do /s/ para o Grupo I (r = 0,41, p < 0,01), mas uma correlação relativamente forte para o Grupo II (r = 0,75, p < 0,01). O espaço funcional livre e o espaço de pronúncia do /s/ foram diferentes no Grupo I, mas estatisticamente semelhantes no Grupo II (teste t pareado, α = 0,05). Dessa forma, pode-se deduzir que mudanças anatômicas após o procedimento protético provocaram uma adaptação funcional, sendo que esse processo adaptativo aproximou as duas variáveis -espaço de pronúncia do /s/ e espaço funcional livre.