O texto se debruça sobre a história da formação e atuação política do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes - GAMI, atuante no Nordeste brasileiro. A partir da etnografia, busca-se à construção da história política e ação do GAMI, bem como descrever sua atuação enquanto coletivo que produz uma luta contra a lesbofobia, o racismo, o machismo e a outras formas de dominação que legitimam desigualdades para as mulheres lésbicas e bissexuais racializadas. Essas dimensões são construídas a partir da participação em atividades, formações e movimentações políticas realizadas pelo grupo. Os dados apontam o GAMI enquanto um coletivo importante, símbolo da luta pelos direitos das mulheres lésbicas e bissexuais no Nordeste, além de se constituir enquanto locus de afirmação das identidades lésbicas e bissexuais, é também um espaço de construção de novas agências para ressignificação de novas práticas de vida e luta.