Introdução: o pensamento repetitivo negativo (PRN) pode ser caracterizado como pensamentos intrusivos sobre preocupações (atuais, passadas ou futuras), experiências negativas e autocríticas, manifestando-se de forma excessiva e persistente. Em um processo transdiagnóstico, identifica-se que o PRN contribui para o aparecimento e manutenção de transtornos múltiplos. O presente estudo objetivou adaptar a Persistent and Intrusive Negative Thoughts Scale (PINTS) para o contexto brasileiro, averiguando as qualidades psicométricas do instrumento. Método: procedeu-se a dois estudos com participantes de diferentes estados brasileiros. No estudo 1 (n = 258), foi realizada a adaptação da PINTS e uma análise fatorial exploratória. No estudo 2, (n = 270), foi realizada uma análise fatorial confirmatória além de reunidas evidências de validade convergente. Resultados: primeiramente, o estudo 1 apontou uma estrutura unifatorial da medida. A partir do estudo 2, foram corroboradas a estrutura unifatorial e a adequada consistência interna (precisão), o que demonstrou que a PINTS se relacionou positivamente com a afetividade negativa (estresse, ansiedade e depressão) e com a ansiedade cognitiva de provas. Conclusão: conclui-se que a PINTS apresentou qualidades métricas satisfatórias, sendo uma medida curta e de fácil aplicação, podendo ser uma ferramenta útil para pesquisadores que buscam investigar o PRN desadaptativo e os seus correlatos.