Comandos metacognitivos embutidos baseados na natureza da ciência: Potencialidades, limitações, condições e possibilidades

Abstract

Pesquisa qualitativa sobre possibilidade de transposição e aplicabilidade da Estratégia de Ensino Metacognitivo (EEM) Embedded Metacognitive Prompts Based on Nature of Science. A estratégia utiliza módulos com comandos metacognitivos que direcionam o estudo de conteúdo científico baseado na natureza da ciência (NDC). O objetivo foi avaliar os constructos e teorias da pesquisa primária, relacioná-los com a descrição dos passos para e verificar as condições e possibilidade de sua reprodução no contexto escolar. Verificamos que as teorias sobre NDC, metacognição e autorregulação foram explicitadas e apresentadas de forma adequada para produção de protocolos com foco na utilização na educação básica, especialmente como suporte ao professor que pretenda utilizá-la. Entretanto, observamos limitações quanto à operacionalização e explicação insuficiente para a reprodução dos protocolos e necessidade de articulação entre os comandos metacognitivos, o aspecto da NDC e o conteúdo científico.

Análise do inventário de consciência metacognitiva de alunos do curso técnico em enfermagem

“…A metacognição, que compreende a aquisição, desenvolvimento e acúmulo de conhecimento não é inata, é uma conquista evolutiva do ser humano. Ela se desenvolve, e pode ser ensinada (Kuhn, 2000;Jou & Sperb, 2006;Efklides & Metallidou, 2020;Xavier, Peixoto, & Veiga, 2021). Deste modo, o desenvolvimento das capacidades metacognitivas repercute na capacidade de refletir sobre os próprios pensamentos, em sentimentos como confiança e em decisões acertadas, sendo aperfeiçoadas com o acúmulo do conhecimento transferido pela autorregulação da aprendizagem, como dispôs Lima Filho e Bruni (2015;Xavier, Peixoto, & Veiga, 2021).…”

“…Ela se desenvolve, e pode ser ensinada (Kuhn, 2000;Jou & Sperb, 2006;Efklides & Metallidou, 2020;Xavier, Peixoto, & Veiga, 2021). Deste modo, o desenvolvimento das capacidades metacognitivas repercute na capacidade de refletir sobre os próprios pensamentos, em sentimentos como confiança e em decisões acertadas, sendo aperfeiçoadas com o acúmulo do conhecimento transferido pela autorregulação da aprendizagem, como dispôs Lima Filho e Bruni (2015;Xavier, Peixoto, & Veiga, 2021). Formulações como essas podem acionar a percepção metacognitiva e, conforme Midlej (2004, p 51), "torna-se uma verdadeira alavanca de formação interativa, produzindo-se, por meio de interiorização progressiva, condutas de desvelamento das experiências e das percepções, explicação, argumentação, aprimoramento do trabalho educacional e, espera-se, implementação de renovadas condutas".…”

“…Deste modo, um componente chave para a metacognição é a consciência dos próprios pensamentos e reflexão nos processos de aprendizagem. Portanto, entender como os alunos pensam e controlam seu processo cognitivo, faz-se necessário para a proposição de intervenções acertadas em direção a um aluno metacognitivo e um futuro profissional mais eficiente (Ertmer & Newby, 1996;Xavier, Peixoto, & Veiga, 2021).…”

A mobilização do sistema metacognitivo por meio de questionários: resultados de um estudo longitudinal

“…A metacognição pode ser definida como o pensamento sobre o próprio pensamento (Baker, 2010), como "um discurso de segundo nível sobre a cognição" (Xavier et al, 2021, p. 2) ou como a "reflexão sobre a própria reflexão" (Corrêa et al, 2021, p. 123). A partir de uma proposta de estudo e pesquisa sobre metacognição, que teve seu início no ano de 2014, com o intuito de conhecer o que tínhamos nas publicações de Flavell (1971de Flavell ( , 1979 e Brown (1978), encontramo-nos até hoje (2022) ampliando nossos conhecimentos a respeito da metacognição e avançando em nossos pensamentos e produções sobre o tema.…”