Frente à crise climática e ao crescimento populacional, o sistema de produção alimentar tem sido amplamente debatido e, até mesmo, repensado nas últimas décadas. A procura por formas mais sustentáveis de produzir alimentos e a preocupação com a saúde levou a uma crescente demanda pelo consumo de alimentos cultivados de forma orgânica em relação aos alimentos produzidos através da agricultura convencional, que utiliza livremente pesticidas e fertilizantes sintéticos. O método de cultivo utilizado impacta diretamente na saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores finais. A ingestão de alimentos contaminados por fontes agroquímicas pode levar ao desenvolvimento de câncer e danos aos sistemas endócrino, nervoso e respiratório, dentre outros. O objetivo deste estudo é discutir a contaminação química de alimentos em dois modelos distintos de produção: convencional e orgânico, através do levantamento de dados bibliográficos de pesquisas conduzidas no Brasil. Como resultados, foram encontrados contaminantes químicos mesmo em sistemas que são vistos como mais seguros, assim como a presença de agrotóxicos que são proibidos para determinadas culturas, evidenciando a importância da conscientização quanto aos riscos à saúde pela exposição a esses compostos, além da identificação de sintomas associados à intoxicação, principalmente por parte dos trabalhadores rurais. Mediante o exposto, é fundamental que haja um trabalho de Educação Ambiental destinado aos que lidam diretamente com a produção alimentar, em que as minorias são de alta importância no processo, cabendo especial atenção aos indivíduos com baixa ou nenhuma escolaridade, tangendo instruções/meios adequados para um manejo correto de compostos como agrotóxicos.