Introdução: Evidências na área da (re)habilitação auditiva infantil têm indicado a potencial ação transformadora da família como um fator robusto no prognóstico do tratamento. Fundamenta-se ainda que as intervenções devam basear-se na avaliação das necessidades das famílias. Objetivo: avaliar o impacto do enquadre terapêutico de grupo na diminuição das necessidades de familiares de crianças com deficiência auditiva. Método: estudo de intervenção realizado em um serviço de saúde auditiva do SUS, durante o período de seis meses, em que um grupo de 10 famílias de crianças com deficiência auditiva na faixa etária de 1 ano e 4 meses a 5 anos e 3 meses, usuárias de AASI ou IC, responderam ao Inventário das Necessidades Familiares nos momentos pré e pós intervenção, tendo o delineamento da intervenção sido realizado a partir das necessidades evidenciadas pelo instrumento aplicado. As sessões contaram com situações de dinâmicas de grupo, simulações, treino de habilidades e rodas de conversa. Realizada a análise estatística descritiva e indutiva, além da avaliação qualitativa, que contou com um grupo focal. Resultados: destacaram-se como tópicos de maior necessidade das famílias a comunicação com a criança com deficiência auditiva, assuntos sobre a perda auditiva e dispositivos auxiliares à audição, em especial, quanto ao implante coclear. A idade dos responsáveis e a escolaridade, bem como a idade cronológica e auditiva das crianças foram consideradas na análise de diminuição das necessidades de informações pelas famílias. Conclusão: houve impacto positivo do enquadre terapêutico em grupo nas necessidades dos familiares de crianças com deficiência auditiva.