ResumoQualidade de Vida, um termo bastante usado na literatura abrangendo vários significados, com seu surgimento especificado na área da saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes em Residência Terapêutica (RT) devido ao processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e a criação de Centro de Atenção Psicossocial de Saúde e Hospitais Dia. Método: Foram avaliados 38 internos de um município do interior de São Paulo, de ambos os sexos (78,9% homens), com idades entre os 32 e os 76 anos (M = 30 anos, DP = 3.24). Os instrumentos incluíram um questionário sociodemográfico e o WHOQOL-BREF a fim de avaliar a qualidade de vida. Resultados: Os domínios Relações Sociais e Relações Ambientais tenderam a ser melhor percebidos por pacientes que têm namorados em comparação aos que não têm, sendo essa uma possibilidade em relação ao grupo de pacientes ambulatoriais em que as relações sociais de pacientes de RT foram menores. Também os pacientes de RT que tinham amigos tenderam a perceber sua qualidade de vida relacional melhor que os que não tem. Conclusão: Neste sentido, um treinamento de habilidades sociais que facilite à esses pacientes fazer novas amizades e construir novos relacionamentos pode ser um investimento interessante nas intervenções neste grupo.
Palavras-Chave: saúde mental, transtornos mentais, avaliação psicológica
AbstractQuality of Life, a widely used term in the literature, spanning multiple meanings, with its appearance specified in healthcare. Aim: To evaluate the quality of life of patients at Therapeutic Residences (RT) due to the process of reduction of beds in psychiatric hospitals and the creation of the Psychosocial Care Center for Health and Hospitals. Method: A total 38 hospitalized individuals from the city of São Paulo, of both sexes (78,9% men) aged 32-76 years (M = 30 years, SD = 3.24) were evaluated. The instruments used were a sociodemographic questionnaire and the WHOQOL-BREF to evaluate quality of life.
Results:The results pointed out that the Social and Environmental Relationships domains tended to be better perceived by patients who are partnered as compared to those who are not, and this is a possibility in relation to the outpatient group, in which the social relations of RT patients were lower. Also the patients who had RT friends tended to perceive their relational quality of life better than those who did not. Conclusion: In this sense, a social skills training to facilitate these patients making new friends and building new relationships can be an interesting investment in interventions in this group.