Os professores são exemplos de profissionais que utilizam a voz como ferramenta de trabalho e, por esse motivo, estão vulneráveis a uma elevada demanda vocal. Como profissionais da voz, os docentes fazem parte do grupo com maior predisposição para desenvolver disfonia, que podem se manifestar de diferentes formas, como rouquidão, dor na garganta, cansaço ao falar, falta de projeção vocal, falhas na voz, bem como dificuldade para falar de forma intensa. Neste contexto, este artigo tem como objetivo caracterizar o perfil vocal dos docentes da educação infantil e do ensino fundamental de uma escola filantrópica da cidade de Teresina. Trata-se de um estudo de caso, descritivo, de abordagem quantitativa. Analisou-se o perfil de 23 docentes, dos quais 80% relataram que têm uma carga horária semanal que varia de 31 a 40 horas; ministram aulas em turmas com 21 a 30 alunos (56,5%); com duração de cada aula em torno de 50 minutos (52,2%); e com tempo de intervalo médio de 15 a 20 minutos (56,5%). Em relação ao ambiente de trabalho, 74% dos participantes consideraram o local levemente ruidoso; e 48% classificam o ambiente como pouco tenso e estressante. O sintoma mais referido foi rouquidão (65%), com ocorrência do sintoma em episódios intermitentes, relatado por (81,8%). Conclui-se que os professores pesquisados possuem conhecimento das condições do ambiente de trabalho que podem contribuir para o abuso vocal e estão cientes sobre a conduta a ser adotada para minimizar problemas vocais.