A doação de órgãos e tecidos é uma prática realizada há séculos, mas ainda são diversos os motivos que levam a sua não concretização, principalmente os relacionados à negativa da família do doador. Contudo, esses obstáculos podem ser alterados com o devido esclarecimento e correta abordagem pela equipe de saúde. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo geral apontar os principais motivos vinculados à negativa de familiares frente à doação de órgãos e tecidos segundo razões apontadas por esses. Com isso, esta revisão integrativa – de caráter exploratório e de abordagem qualitativa – utilizou-se de 27 materiais advindos da ABTO, livros, sites governamentais e bases de dados, considerando aqueles que tenham sido publicados entre os anos de 2010 e 2020 nos idiomas português e inglês. Os resultados encontrados apontam que as razões mais apontadas se referem às causas religiosas, desconhecimento geral sobre o processo, discordância entre os familiares, respeito ou desconhecimento do desejo do potencial doador, desinformação sobre a morte encefálica e descontentamento com o atendimento prestado pela equipe de saúde durante a hospitalização. Sendo assim, entende-se que o enfermeiro é o profissional da saúde que necessita ampliar a discussão sobre doação de órgãos e tecidos nos mais diversos meios, no intuito de esclarecer sobre o processo, contribuindo para o aumento de número de doadores e, consequentemente, na sobrevida e sobrevivência de pacientes sujeitos à espera da doação.